Emicida demonstrou ser o ápice depois do ápice em show na Live Curitiba

Emicida hemenageou Paulo Leminski e conquistou diversos ápices musicais durante show em Curitiba. Karol Conká foi uma das convidadas

Publicado em 24 jun 2024, às 16h35. Atualizado em: 28 jun 2024 às 12h29.

No último sábado (22) o rapper Emicida desembarcou em Curitiba para se apresentar na Live, com o show AmarElo – A Gira Final. Depois de 1h30 de atraso, devido a problemas técnicos, o músico subiu ao palco. Sereno, vestido de branco, Emicida iniciou tocando “Tudo é pra ontem” e, com os versos “viver é partir, voltar e repartir”, o músico deu o tom do início do show. O clima era de paz.

Emicida apresentou o show AmarElo - A gira final
Emicida fez 2h30 de show e levou o público ao estado de ebulição sonora (Foto: Erick Mota / RIC.com.br)

Tocando flauta transversal, Emicida iniciou a música “A ordem natural das coisas”, que foi seguida de “Quem tem um amigo (tem tudo)”. O show começou então a entrar em uma vertente de alta quando o assunto é energia. Cantando trechos de canções de MPB, o músico transitou entre diversos estilos, o que, aliás, é característica de sua carreira há mais de uma década.

Quando a cantora Drik Barbosa foi convidada a subir ao palco, Emicida iniciou um novo momento no show, com a música “9nha”. “Paisagem” e “Hoje cedo” antecederam um dos primeiros ápices do espetáculo, com a música que leva o nome da turnê, “AmarElo”. Neste momento o público entrou em ebulição.

Paulo Leminski é fonte de inspiração e luta para Emicida

Emicida também homenageou o poeta curitibano Paulo Leminski e traçou um paralelo entre a obra do jornalista, a capital do Paraná e sua própria carreira artística. “Talvez eu chore, estou sensível. Minha primeira mixtape foi gravada na lavanderia do Nave, aqui em Curitiba. Nosso estúdio era na lavanderia da casa do Nave. Foi aqui que eu conheci a Karol (Conká), que daqui a pouco vai subir aqui para nós. Foi aqui que eu conheci a poesia do Paulo Leminski”, iniciou.

“Eu demorei para entender qual era a energia que Curitiba tem, uma energia que você precisa decifrar, às vezes ela é meio São Paulo, sabe? E eu não entendi, mano, que Curitiba não é somente a cidade que estava em volta do Paulo Lemenski. Curitiba é a própria poesia do Paulo Lemenski”, declarou, levando o público a interrompê-lo com aplausos e gritos de saudação.

“A vida é uma sucessão de encontros e desencontros. Se eu não tivesse me encontrado com a obra do Paulo Lemenski, se eu não tivesse gravado aquela mixtape na lavanderia do Nave, se eu não tivesse entrado em contato com a energia poderosa da Karol Conká, conhecido o poema que diz ‘O amor é o elo entre o azul e o amarelo’, conhecido o poema que diz… Curitiba, pra quem não sabe, é a cidade mais preta do sul do Brasil”, disse, referenciando que Paulo Leminski jamais seria racista e que, quando vê notícias desse tipo de crime sendo cometido em Curitiba, isso o entristece.

Emicida é o ápice depois do ápice

Quando parecia que o show já tinha atingido seu ápice, Emicida demonstrou que o teto era muito mais alto do que se imaginava. “Bang” e “A rua é nós” antecederam a chegada de Rashid, que cantou junto com o anfitrião a canção “Confundindo sábios”. Drik Barbosa se uniu à dupla e juntos os três cantaram “Mandume”, que marcou a terceira elevação do astral da noite.

Emicida então, novamente sozinho no palco com sua banda, dobrou a aposta e convidou Karol Conká, sua parceira desde o início da carreira, para marcar presença diante do público, que a recebeu com entusiasmo. A dupla cantou “Todos os olhos em nós” e seguiu com “Ismália”.

O cantor fez jus a cada ingresso comprado e entregou 2h30 de show ininterruptos e, ainda, desceu para recitar “AmarElo” enquanto abraçava o público.

Emicida é, sem dúvidas, o ápice depois do ápice do cenário do rap, do pop, da arte e dele próprio.

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