Por Rania El Gamal e Olesya Astakhova e Ahmad Ghaddar
MOSCOU/DUBAI/LONDRES (Reuters) – Ministros da Opep+ concordaram neste domingo em aumentar a oferta de petróleo a partir de agosto para frear os preços, que subiram para máximas em dois anos e meio à medida que a economia global se recupera da pandemia de coronavírus.
O grupo, que inclui países da Opep e aliados como a Rússia, chegou a um importante acordo para os níveis de produção a partir de maio de 2022 após a Arábia Saudita e outros terem concordado com um pedido dos Emirados Árabes Unidos (EAU) que havia ameaçado o plano.
“Estamos felizes com o acordo”, disse o ministro de Energia dos Emirados, Suhail bin Mohammed al-Mazroui, em uma coletiva de imprensa. O ministro de Energia saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman, se recusou a responder perguntas sobre como chegaram a um acordo.
Ano passado, a Opep+ reduziu a produção em 10 milhões de barris por dia (bpd), um recorde, em meio à queda da demanda e dos preços causada pela pandemia. A oferta foi sendo gradualmente retomada, reduzindo o corte para cerca de 5,8 milhões de bpd.
De agosto a dezembro de 2021 o grupo aumentará a oferta em mais 2 milhões de bpd, ou 0,4 milhões bpd por mês, disse a Opep em um comunicado. O grupo havia concordado em estender o pacto até o fim de 2022, em vez de abril de 2022, como planejado inicialmente, para ter mais espaço de manobra caso a recuperação global empaque devido à novas variantes do vírus.
Enquanto a Arábia Saudita e os Emirados apoiaram um aumento imediato na produção, os Emirados se opuseram à ideia da Arábia Saudita de prolongar o pacto para dezembro de 2022 sem conseguir uma cota de produção mais alta.
Para superar o impasse, a Opep+ acertou novas cotas de produção para vários membros a partir de maio de 2022, incluindo Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Rússia, Kuweit e Iraque.
(Por Olesya Astakhova, Rania El Gamal, ALex Lawler, Ahmad Ghaddar, Vladimir Soldatkin e Dmitry Zhdannikov)