MILÃO (Reuters) – A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) continuará com seus ajustes de oferta para o mercado de petróleo, afirmou o secretário-geral da Opep neste sábado.

“Continuaremos a fazer o que sabemos fazer melhor para garantir a estabilidade do mercado de petróleo em uma base sustentável”, disse Mohammad Barkindo, em um seminário online organizado pelo think-tank italiano ISPI.

Os preços da commodity caíram na quinta-feira depois que a Opep e seus aliados mantiveram a política existente de aumentos mensais de produção de petróleo, apesar da preocupação de que a liberação de reservas pelos EUA e a nova variante Ômicron do coronavírus colocassem mais pressão sobre os preços.

Barkindo disse que em termos de demanda de óleo a estimativa no momento era por um crescimento de 5,7 milhões de barris por dia. “Em 2022, esperamos outros 4,2 milhões”, disse.

Ele afirmou que a incerteza e a volatilidade dos mercados também eram devido a fatores externos, como a pandemia de Covid-19, e não necessariamente pelos fundamentos de óleo e gás.

“Agora estamos no caminho para voltar aos níveis de consumo em 2022 a níveis pré-Covid”, disse.

Barkindo afirmou que a previsão era que óleo e gás representassem mais de 50% da mistura da energia global em 2045 ou mesmo na metade do século.

“Em todos os pronunciamentos que tivemos em Glasgow, ainda não vimos um mapa concreto ou planos para substituir esses 50%… sem criar turbulências sem precedentes no mercado de energia”, disse, referindo-se à cúpula do clima em Glasgow.

“Óleo e gás serão necessários no futuro próximo”.

(Reportagem de Stephen Jewkes)