Por Rania El Gamal e Olesya Astakhova e Ahmad Ghaddar
LONDRES (Reuters) – A Opep+ retomará conversas na segunda-feira depois de não conseguir chegar a um acordo sobre a política de produção de petróleo pelo segundo dia consecutivo nesta sexta-feira, pois os Emirados Árabes Unidos bloquearam alguns aspectos do pacto.
O impasse pode atrasar os planos para bombear mais óleo até o fim do ano, para aliviar os preços do petróleo que dispararam para máximas de 2 anos e meio.
Sem um acordo, a aliança da Opep+ pode manter restrições mais rígidas na produção com preços do petróleo agora em cerca de 75 dólares o barril, com alta acumulada de mais 40% neste ano. Consumidores querem mais petróleo para ajudar a recuperação mundial da pandemia da Covid-19.
O avanço nos preços do petróleo está contribuindo para inflação global, desacelerando a recuperação da economia diante da crise do coronavírus.
A Opep+, que agrupa a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, Rússia e aliados, votou nesta sexta-feira para aumentar a produção de petróleo em cerca de 2 milhões de barris por dia (bpd) de agosto a dezembro de 2021 e estender cortes remanescentes até o fim de 2022, em vez de encerrar em abril de 2022, afirmaram fontes da Opep+.
Os Emirados Árabes Unidos concordaram em liberar mais petróleo para o mercado, mas se recusaram a apoiar a extensão dos cortes.
As conversas continuam na segunda-feira, afirmou a Opep+ em declaração.
Respondendo à destruição de demanda de petróleo causada pela crise da Covid, a Opep+ concordou no ano passado em cortar em cerca de 10 milhões de bpd a partir de maio de 2020, com planos para acabar com as reduções até o fim de abril de 2022. Esses cortes agora estão em cerca de 5,8 milhões de bpd.
(Reportagem de Equipe Opep)