Por Scott DiSavino e Jessica Resnick-Ault
NOVA YORK (Reuters) – Os preços do petróleo saltaram cerca de 3% nesta sexta-feira, atingindo os maiores níveis em mais de um ano, diante de um relatório de empregos melhor do que o esperado nos Estados Unidos e da decisão da Opep+ de não ampliar a oferta da commodity em abril.
Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em alta de 2,62 dólares, ou 3,9%, a 69,36 dólares por barril. A máxima da sessão para a referência internacional representou o mais alto patamar desde janeiro de 2020.
Já o petróleo dos EUA (WTI) avançou 2,26 dólares, ou 3,5%, para 66,09 dólares o barril.
Na semana, o Brent acumulou ganho de 5,2%, enquanto o WTI subiu 7,4%.
Ambos os contratos já haviam disparado mais de 4% na véspera, depois de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, que formam o grupo conhecido como Opep+, estenderem seus cortes de produção para abril, concedendo pequenas exceções à Rússia e ao Cazaquistão.
“A Opep+ decidiu por uma abordagem cautelosa, optando por aumentar a produção em apenas 150 mil barris por dia (bpd) em abril, enquanto participantes do mercado projetavam um aumento de 1,5 milhão de bpd”, disse Giovanni Staunovo, analista de petróleo do UBS.
Investidores se surpreenderam com o fato de que a Arábia Saudita decidiu manter seu corte voluntário de 1 milhão de bpd durante abril, mesmo depois do rali dos preços do petróleo nos últimos dois meses, na esteira da vacinação contra a Covid-19 ao redor do mundo.
Além disso, o mercado também ganhou impulso após a publicação de um relatório de empregos dos EUA, que mostrou que o país criou mais vagas do que o esperado em fevereiro.
(Reportagem adicional de Noah Browning em Londres, Sonali Paul em Melbourne e Koustav Samanta em Cingapura)