Por Devika Krishna Kumar
NOVA YORK (Reuters) – Os preços do petróleo avançaram nesta terça-feira, após Opep, Rússia e aliados decidirem manter os planos de um leve aumento de produção da commodity a partir de 1º de maio, sugerindo que não enxergam um impacto duradouro sobre a demanda em função da crise do coronavírus na Índia.
A Opep+, como o grupo de países produtores é conhecido, também descartou planos de realizar um encontro ministerial completo na quarta-feira, disseram fontes. Uma reunião técnica na segunda-feira expressou preocupação com o aumento no número de casos de Covid-19, mas manteve inalterada a estimativa para a demanda por petróleo.
O painel decidiu manter as políticas acordadas de maneira ampla na reunião anterior da Opep+, realizada em 1º de abril, disse o vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, após as negociações.
O petróleo Brent fechou em alta de 0,77 dólar, ou 1,2%, a 66,42 dólares por barril, após tocar uma máxima de 66,51 dólares na sessão. Já o petróleo dos Estados Unidos (WTI) avançou 1,03 dólar, ou 1,7%, para 62,94 dólares o barril.
A Opep+ deve flexibilizar levemente seus cortes de produção de petróleo a partir de 1º de maio, sob um plano acertado antes da disparada da coronavírus na Índia.
“A possibilidade de que o aumento de produção da Opep+ possa estar acompanhando um enfraquecimento da demanda por petróleo na Ásia sugere um possível ponto final para a redução no excedente global de oferta, que tem dado suporte ao complexo ao longo do último ano”, opinou Jim Ritterbusch, presidente da Ritterbusch and Associates.
(Reportagem adicional de Alex Lawler e Aaron Sheldrick)