A vitória de Fachinello e o caminho para as eleições de 2024 e 2026
Os vereadores de Curitiba acabaram de eleger Marcelo Fachinello para dirigir os trabalhos para o biênio 2023/2024. Os menos atentos poderiam concluir, simplesmente e apenas, que foi eleito um vereador de primeiro mandato, algo incomum nos legislativos, contudo esta escolha revela aspectos mais profundos do arranjo político de Curitiba e também do Paraná.
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Não diferente do jogo, no xadrez político, para vencer, é importante posicionar as peças no lugar certo e conquistar o centro do tabuleiro. Quero dizer que ter um aliado à frente do legislativo municipal é uma vantagem na disputa da prefeitura em 2024 e, também, para o governo do estado em 2026.
Mirando este objetivo é que o vice-prefeito Eduardo Pimentel (que deve concorrer para prefeito) e o Deputado estadual Alexandre Curi (que já constrói uma candidatura para governador) saem na frente, pois sem eles a eleição de Fachinello seria inviável.
Importa ressaltar que tal movimentação só foi possível com o consentimento do prefeito Rafael Greca e do governador Ratinho Junior, que possuem vantagens óbvias na manutenção de seus correligionários do PSD em posições de destaque no executivo municipal e estadual.
A disputa tanto pelo Palácio 29 de Março quanto pelo Palácio Iguaçu já começou, resta aos vitoriosos dessa primeira contenda conservar e ampliar a vantagem e aos derrotados lamber as feridas e se renovar adiante.
Ficam duas lições: desarranjos políticos anteriores (alguns chamariam de traições) seguem cobrando um preço alto e quem tem bons padrinhos não morre pagão.