O advogado do PT, Luiz Eduardo Peccinin, tentou entrar no apartamento de Sérgio Moro (UB) junto com oficiais de justiça. O fato aconteceu durante a busca e apreensão de supostos materiais de campanha irregulares na manhã deste sábado (03). A operação estava sob sigilo de justiça, mas dois advogados ligados a Federação Brasil da Esperança no Paraná (PT, PC do B e PV) souberam dos detalhes e acompanharam tudo.

Dois representantes do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) foram recebidos pelos dois filhos de Moro, um deles menor de idade, que acionaram advogados para saber como proceder. Com a chegada da equipe jurídica da campanha do ex-juiz, foi franqueada a entrada dos oficiais de justiça. Neste momento, os advogados contratados pelo PT também tentaram entrar. Foram impedidos. Um deles se contentou a esperar o desenrolar da busca na portaria do prédio, mas Peccinin insistiu. Chegou a subir no elevador junto com os oficiais, mas foi barrado na porta do apartamento.

Segundo o relato de um dos oficiais de justiça que entraram no apartamento, o advogado do PT teria pedido informalmente que não fosse identificado como advogado, para que pudesse entrar livremente. O pedido não foi atendido.

Dentro da casa de Moro nada de irregular foi encontrado.

Outro lado

O advogado citado na matéria se manifestou através de nota. Leia na íntegra:

“O Escritório Peccinin Advocacia repudia a publicação da coluna do senhor Marc Sousa, no portal RIC Mais, cujas informações divulgadas sobre o advogado Luiz Eduardo Peccinin não correspondem à verdade dos fatos. Lamenta-se não ter havido oportunidade de se manifestar o contraditório antes da publicação da opinião. Em relação às afirmações feitas destaca-se que:
Dois advogados da equipe estiveram acompanhando a diligência na casa do senhor Sérgio Moro, realizada por dois servidores do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).
É direito dos advogados acompanharem as diligências judiciais no estrito cumprimento do atendimento aos seus clientes.
Quando lá chegaram, os profissionais foram informados de que filha do candidato estava presente no imóvel. Por iniciativa da própria equipe, ninguém subiu até que os advogados de Moro estivessem presentes para acompanhar a diligência.
Por fim, Peccinin apenas permaneceu na porta do apartamento, o que foi decidido em comum acordo com o advogado de Sérgio Moro.
Ainda, a equipe da Peccinin advogados não trouxe imprensa ao ato, não filmou, não requisitou força policial, respeitando a intimidade, de maneira distinta à do ex-juiz em seus procedimentos com os réus da Lava Jato.
Também não é verdade que nada de irregular foi encontrado. Ao contrário disso, conforme certidão emitida pelo oficial de justiça, foram apreendidos 269 itens de propaganda de 5×9 cm e 417 adesivos.
É estarrecedor que o candidato e seus apoiadores apresentem tantas inverdades para criar um fantasioso abuso.
Reafirmamos nosso compromisso com eleições limpas e repudiamos o uso de mentiras para fins eleitorais.”