André Vargas se prepara para voltar
O primeiro político preso na operação Lava Jato, André Vargas, está com planos para o futuro. Mesmo inelegível nas eleições deste ano, o ex-deputado federal já pensa em 2026. Depois de alguns anos longe do circuito político paranaense, o londrinense marcou presença na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) nesta semana, e visitou gabinetes petistas. O ex-deputado federal também conversou com outros parlamentares.
Vargas foi vereador em Londrina antes de se candidatar e ser eleito deputado estadual em 2022. Nas eleições seguintes ele conseguiu vaga na Câmara Federal, até chegar ao cargo de vice-presidente da casa. Nesta época, ele era considerado um dos políticos mais influentes do país. Entretanto, no final de 2014, primeiro ano da operação Lava Jato, as investigações apontaram uma relação entre Vargas e o doleiro Alberto Youssef, um dos principais personagens do caso. Com a revelação, Vargas teve o mandato cassado pela Câmara em dezembro do mesmo ano e, pressionado, se desfilou do PT.
Conseguiu o feito de ser o primeiro político preso pela operação, na 11ª fase da Lava Jato, deflagrada em abril de 2015. Ele respondeu a três ações penais decorrentes das investigações, sendo sentenciado em 2015 a 14 anos e 4 meses de prisão pelo então juiz Sérgio Moro.
Desde sua condenação, Vargas ficou preso no Complexo Médico Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Foi solto em outubro de 2018, quando a Segunda Vara de Execuções Penais da Capital lhe concedeu a liberdade condicional. Desde então, o ex-deputado retornou a Londrina e ficou longe dos holofotes e do meio político. Mas, na última terça-feira ele pisou novamente na ALEP.
Recusando entrevistas, ele só confirmou à produção do Jovem Pan News que fez uma visita de cortesia a alguns gabinetes de deputados estaduais. Vargas está inelegível até 2023, por conta das condenações judiciais, mas perguntado se há possibilidade dele retornar à política, o político informou que já pensa em 2026, quando ocorrem as próximas eleições majoritárias.
*Com a colaboração de Rubens Chueiri Jr.