Após privatização da COPEL, Ratinho Júnior sobe nas cotações presidenciáveis
Com a capitalização da Companhia Paranaense de Energia (COPEL), Ratinho Júnior (PSD), ganhou pontos entre os três governadores de centro-direita com chances presidenciáveis.
Além da venda as ações da concessionaria, haverá também o repasse, na semana que vem, do primeiro lote de concessões das estradas do Paraná à iniciativa privada. Com isso, o paranaense saiu na frente dos governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (REP), e de Minas Gerais, Romeu Zema (NOVO), e já é considerado um dos “queridinhos” da Faria Lima. Ele também está sendo apontado por economistas e caciques do universo político como uma alternativa liberal.
A aposta é que dificilmente Zema vai conseguir privatizar a Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG). A constituição mineira exige um referendo para privatizar a estatal. O governador terá que convencer a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) a aprovar uma mudança constituinte. O problema é que a casa de leis tem uma relação conturbada com Zema.
Em São Paulo, Freitas também enfrenta dificuldades na capitalização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Com a iminência da venda da COPEL, ele até anunciou um processo de “follow on” – uma oferta secundária de ações na bolsa de valores. O entrave é que para dar sequência ao processo, Freitas precisa do aval do prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB). Ocorre que o contrato entre a Sabesp e o município, prevê o rompimento do mesmo se empresa passar à iniciativa privada.
Quase metade da receita da Sabesp vem da capital paulista, o que torna a venda inviável sem as bênçãos de Nunes, que vai disputar a reeleição e teme ficar “mal visto” por parte do eleitorado com a privatização.