Atos antidemocráticos: 25 paranaenses presos aguardam perícias em celulares
Um mês após os atos golpistas em Brasília, que terminou com a depredação e vandalismo dos prédios do Planalto, do Congresso Nacional e do STF (Supremo Tribunal Federal), cerca de 25 moradores do norte do Paraná permanecem detidos nos presídios da Papuda e na Colmeia, detenção feminina no Distrito Federal.
Segundo o advogado especialista em Processo Penal, Luiz Fernando Vilasboas, que representa 70 suspeitos de envolvimentos nos atos, esse grupo de 25 ainda permanece detido, pois foi considerado que essas pessoas tinham forte engajamento político nas redes sociais e tiveram os celulares apreendidos para perícia técnica.
“A outra parte do grupo, aproximadamente 45 moradores de Londrina, Ibiporã, Arapongas, Apucarana e Maringá, foram libertos na nossa primeira investida com pedidos de liberdade, que foram deferidos pelo STF”, informou o advogado.
Depois de uma investigação defensiva com coleta de novos elementos e informações, Vilasboas afirmou que está organizando visitas aos clientes nas penitenciárias e adiantou que novos pedidos de liberdade serão apresentados com “material robusto”. Após parecer da PGR (Procuradoria-Geral da República), a decisão é do ministro relator do STF, Alexandre de Moraes.
As famílias ainda não foram autorizadas para visitação aos presídios, mas o advogado acredita que a libertação dos suspeitos pode sair antes do deferimento do cadastro do sistema prisional para as visitas de parentes.