Aumento de polícia nas ruas de Curitiba é assunto do debate da RICtv

Os candidatos à Prefeitura de Curitiba falaram sobre as propostas em relação a segurança pública da capital paranaense. O aumento do policiamento na cidade foi um dos assuntos abordados durante o debate da RICtv, neste sábado (28).

A candidata Maria Victoria (PP) afirmou que a sua proposta é aumentar o número de policiais nas ruas de Curitiba. Em seguida, o candidato Ney Leprevost (UNIÃO) disse que irá realizar a “polícia da cidade”. “Vamos remunerar melhor os guardas municipais, vamos dobrar o efetivo, vamos usar tecnologia, inclusive com o monitoramento das áreas de mais risco por câmeras e drones”, disse.

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Na réplica, Maria Victoria disse que câmeras de segurança ajudam mas não são a solução. Além disso, falou que fará concurso público para aumentar o número de guardas municipais. Por fim, Ney Leprevost afirmou que guardas municipais farão o papel de polícia. “Eu pretendo chegar ao final do ano que vem com pelo menos 3 mil guardas municipais fazendo o papel de polícia da cidade”.

Andréa Caldas (PSOL) fala sobre desmilitarização

Andréa Caldas (PSOL) falou sobre a questão da desmilitarização e sobre o posionamento que a polícia urbana deve ter.

“Quando a gente fala em desmilitarizar, não é tirar arma, é importante a gente explicar isso. Desmilitarizar é trabalhar com uma outra concepção que não a da Polícia Militar. Nós entendemos que a Polícia Militar é treinada na lógica do exército, que é a lógica da guerra, de destruir um inimigo. A Polícia Urbana, ela tem que atuar no sentido preventivo, prioritariamente, ela tem que se aproximar de uma perspectiva de guarda comunitária, é isso que nós defendemos”, explicou Andréa Caldas.

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A candidata também citou a ampliação da guarda municipal e disse que seu governo é inspirado pela Patrulha Maria da Penha.

“Nós defendemos sim, temos que ampliar o efeito da atual guarda municipal, porque eles estão sobrecarregados, a maioria está dobrando jornada, é preciso trabalhar com formação continuada para que eles possam atuar nas áreas sociais, para que eles possam fazer as abordagens com a humanidade, isso é uma demanda da própria guarda municipal. E é um exemplo muito importante e que nos inspira é, por exemplo, a Patrulha Maria da Penha, que atua exatamente nessa perspectiva de ser uma guarda especializada, formada e que atua na perspectiva da proteção e dessa aproximação com a comunidade, é assim que a gente entende”, explicou.

Candidatas debateram sobre ciração da polícia municipal

A candidata ainda citou a ciração da policia municipal que os concorrentes prometeram criar. “Quem está prometendo que vai criar a polícia municipal não pode fazê-la como prefeito. Tem um projeto tramitando no Congresso Nacional porque não é o prefeito que pode criar, transformar a guarda em polícia. E é importante inclusive que até onde a gente está acompanhando, e a gente tem muita gente da área de segurança nos orientando, não estamos falando que a gente acha, a gente estuda e ouve quem estuda. O projeto que está tramitando simplesmente permite que se mude a nomenclatura de guarda municipal para polícia municipal. O nosso nome também não muda muita coisa. Poderia agregar ao que já se tem hoje de tarefa ao trabalho investigativo, mas isso é uma situação bem complicada porque entrecruza a polícia civil com a polícia municipal”, argumentou a candidata.

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Em réplica, Maria Victoria candidata do PP, disse que em Brasília está tramitando a mudança de nomeclatura de guarda para a polícia municipal.

“Está sim tramitando, em Brasília, a justa mudança de nomenclatura de guarda para a polícia municipal e nós aqui em Curitiba vamos regulamentar, porque nós sabemos que os valorosos guardas municipais não estão mais só protegendo o patrimônio público, eles estão indo para o enfrentamento, estão indo para o combate, assim como faz a Polícia Militar e merece a mudança de nomenclatura e também a reavaliação do plano de cargos e salários, e fica aqui o meu compromisso. Aumentando o efetivo da guarda municipal, nós vamos conseguir ampliar, candidata Andréa Caldas, a Patrulha Maria da Penha, que falta, nós vamos conseguir criar a Patrulha da Criança, porque criança é prioridade, nós precisamos ter esse olhar de mãe que somos, de mulher, para as pessoas que mais precisam, porque quando falta segurança, nós mulheres somos as mais prejudicadas”, explicou a candidata.

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Formação e medidas de segurança

Andrea Caldas frisou que é necessário que exista a formação correta dos guarda municipais. “A guarda Municipal já faz mais do que proteger o patrimônio. Ela inclusive tem a possibilidade de atuar com relação a furtos e a pequenos delitos, mas eu volto a insistir que é preciso ter formação. Muitas vezes as pessoas que fazem o concurso da guarda municipal, ela não sabe se ela vai proteger o museu se ela vai trabalhar com a população em situação de rua, se ela vai atender uma escola, portanto é preciso sim que eles tenham formação. Isso para nós é trabalhar na Perspectiva da Guarda Comunitária. É preciso também que a gente dê voz aos conselhos de segurança, que a gente faça uma ampla conferência para ouvir a população sobre a política de segurança e é preciso sim refletir sobre a integração das polícias porque hoje elas não são integradas”, finalizou a candidata.

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Por fim, Maria Victoria informou que a proposta de seu governo é implantar veículos blindados e câmeras de segurança. “Eu repito, segurança é prioridade e é polícia na rua. A nossa polícia precisa estar também equipada com as condições necessárias para combater a criminalidade da nossa cidade. E é isso que nós vamos fazer. Veículos blindados, câmeras de reconhecimento facial e dar toda a estrutura, porque segurança não espera, educação não espera, saúde não espera”, encerrou a candidata.

O debate realizado pela RICtv RECORD, com início às 21h deste sábado (28), tem a participação de seis candidatos à Prefeitura de Curitiba, que debatem e apresentam propostas para a capital paranaense. Os candidatos convidados são dos partidos com mais representatividade no Congresso Nacional, com base no art. 46 da Lei n. 9.504/1997 e o art. 44 da Resolução TSE n. 23.610/2019.

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