Beto Richa é eleito deputado federal com 64 mil votos e retorna ao cenário político
O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) está de volta ao cenário político após conquistar uma vaga na Câmara dos Deputados. Fora das disputas desde 2018, quando concorreu ao Senado Federal e não foi eleito, o candidato recebeu 64.868 votos nas eleições deste domingo (2) e garantiu uma vaga de deputado federal.
Este será o primeiro mandato do londrinense no cargo. Com mais de 20 anos na carreira política, Beto Richa foi eleito e reeleito deputado estadual, foi vice-prefeito e prefeito reeleito de Curitiba e por dois mandatos governador do Paraná.
Beto Richa eleito deputado federal
Nas eleições deste domingo (2), a vitória de Beto Richa só foi confirmada nesta segunda-feira (3). O político recebeu mais de 64 mil votos, e foi o segundo mais votado pela Federação PSDB/ Cidadania. Entretanto, a candidatura de Jocelito Canto, que recebeu 74.348 votos, foi impugnada. Richa foi eleito por média e o primeiro suplente é Rubens Bueno (Cidadania), que teve 42.321 votos.
Nas redes sociais, até às 11h desta segunda-feira (3), Beto Richa não postou nenhuma mensagem sobre a eleição. Na última publicação, feita neste domingo (2) por volta das 17h, o político compartilhou uma foto no local de votação com a mensagem “prevaleça a vontade do Brasil e dos paranaenses”. Confira o post:
- Leia também:
Prisões de Beto Richa
O ex-governador Beto Richa foi preso em três oportunidades, entre setembro de 2018 e abril de 2019. O político foi investigado em quatro operações: Operação Rádio Patrulha, Integração, Piloto e Quadro Negro.
No dia 11 de setembro de 2018 Beto Richa foi detido pela primeira vez. A pedido do Ministério Público do Paraná (MP-PR), o ex-governador foi preso pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) na operação Rádio Patrulha. Os policiais investigavam possível pagamento de propina a agentes públicos e direcionamento de licitações de empresas.
No mesmo dia, Beto Richa foi alvo da operação Lava Jato. No dia 14 de setembro, o ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, pediu a soltura de Beto Richa.
Já no dia 29 de janeiro de 2019, Beto foi denunciado pelo MP-PR acusado de corrupção passiva e pertencimento a organização criminosa em um esquema de propina em contratos de concessão de pedágio. O ex-governador foi solto no dia 1 de fevereiro, a pedido do presidente do STF, João Otávio de Noronha.
Por fim, em 19 de março de 2019, Beto Richa foi preso em desdobramento da operação Quadro Negro, que apura o desvio de 20 milhões em obras de escolas públicas. O ex-governador foi solto no dia 4 de abril após pedido da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).