Bolsonaro reforça tese de fraude nas eleições de 2014 e promete provas na próxima semana: “Uma coisa inacreditável”

Publicado em 22 jul 2021, às 10h12. Atualizado às 10h28.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), voltou a defender nesta quinta-feira (22) a utilização do voto impresso nas eleições de 2022. De acordo com o líder do executivo, houve fraude no segundo turno das eleições de 2014, entre Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), e a denúncia será comprovada até a próxima sexta-feira (30).

“Queremos transparência. Não podemos terminar uma eleição em 2022 e o povo ficar na dúvida, ‘será que esse cara ganhou?’, ‘será que o processo foi transparente?’”,

comentou Bolsonaro em entrevista à rádio Banda B.

Fraude nas eleições

Segundo Bolsonaro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibilizou 231 minutos da apuração do segundo turno de 2014 que podem apontar uma fraude. O presidente comparou a apuração ao ato de jogar uma moeda para cima e ela intercalar entre cara e coroa todas as 231 vezes. “Você não pode jogar uma moeda e todas as vezes ela alternar”, contou.

“Na semana que vem, na quinta ou sexta, vamos apresentar o que aconteceu no segundo turno das eleições de 2014, entre Aécio e Dilma. Vamos fazer uma apresentação objetiva para todos entenderem, sobre a vulnerabilidade. Uma coisa inacreditável”,

declarou Bolsonaro.

Os dados oficiais da eleição apontam que Dilma recebeu 54.501.118 votos, equivalente a 51,64%. Já Aécio teve 51.041.155 votos, totalizando 48,36%. Na época o partido do segundo colocado chegou a pedir uma auditoria dos votos, porém não foi encontrada nenhuma evidência de que houve adulteração.

Além da suspeita sobre fraude nas eleições de 2014, Bolsonaro revelou que nas eleições de 2018 ele teria votos necessários para vencer no primeiro turno. “Na minha eleição ganhamos no primeiro turno, vamos comprovar. É matemática, coisa simples”, contou.

Sobre a possibilidade das eleições de 2022 serem realizadas com voto impresso, o presidente afirmou que está bem encaminhado.