Comerciantes reclamam do reajuste da passagem de ônibus em Curitiba
Empresários do setor de gastronomia e turismo emitiram uma nota criticando o aumento da passagem de ônibus em Curitiba. A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) e entidades representativas filiadas à Confederação Nacional de Turismo (CNTur) lamentaram o último reajuste. Eles também afirmaram que alta no valor da tarifa de transporte coletivo da cidade vai afetar toda a economia da capital paranaense.
“Esta ação resulta em aumentos substanciais dos custos, tantos aos empresários como aos colaboradores das áreas de gastronomia e entretenimento”, afirma Fábio Aguayo, presidente da Abrabar e diretor da CNTur.
Outros aumentos
As entidades também lembram que aconteceram outros reajustes, como nos combustíveis e tarifas públicas para fornecimento de energia elétrica, água, saneamento básico e iluminação pública.
O governo federal anunciou reajustes no preço do combustível, o que vai resultar num aumento de aproximadamente R$ 0,50 por litro de gasolina nos postos privados de abastecimento, e mesmo os de revenda de derivados, como o gás de cozinha. Recentemente os paranaenses foram surpreendidos com aumentos nas tarifas da Copel e Sanepar, companhias públicas de energia elétrica, água e saneamento básico.
Os reajustes, anunciados ano longo dos últimos dias, vão impactar especialmente na prestação de serviços que utilizam plataformas de mobilidades digital. O iFood, um dos principais operadores de entrega de alimentos deste ramo de atividade, anunciou nesta quarta-feira (1º) a demissão de 355 funcionários, ou seja, 6,3% do quadro atual. “A empresa justificou a decisão devido ao atual cenário econômico, que só se agrava no Paraná e no Brasil com estes aumentos constantes”, ressaltou Aguayo.
Na prática, isto representa que o setor, infelizmente, terá que `dividir´ estas despesas extras com os clientes de bares, restaurantes, hotéis, pousadas e do serviço de delivery. “A nossa categoria é uma das que mais sofreu e até hoje está combalida com os efeitos da pandemia da Covid, quando tivemos que fechar as portas e atender com número de clientes reduzido”, lembra o líder classista.