Curitiba discute Plano de Metas para ampliar transparência em políticas públicas

por Caroline Maltaca
com informações da CMC
Publicado em 19 jul 2021, às 18h47.

Vereadores de Curitiba têm discutido uma proposta para estabelecer um Plano de Metas na capital paranaense. De acordo com a Câmara Municipal de Curitiba (CMC), o objetivo do projeto é utiliza-lo como instrumento de planejamento e de gestão, para ampliar a participação, a transparência e a responsabilidade social da população em relação às políticas públicas definidas para a cidade.

Segundo o texto protocolado pela Professora Josete (PT) e assinado por Amália Tortato (Novo), Carol Dartora (PT), Marcos Vieira (PDT), Maria Leticia (PV), Noemia Rocha (MDB) e Renato Freitas (PT), o Plano de Metas é mais específico e acessível que um plano de governo ou o Plano Plurianual – peça orçamentária apresentada pelo Executivo, a cada quatro anos, que o Legislativo discutirá a partir de setembro.

“Se a intenção for melhorar a educação, é preciso dizer, por exemplo, quantas vagas em creches serão abertas. Se a saúde for prioridade, é preciso quantificar e mostrar de que forma as filas de atendimento nos hospitais serão reduzidas”,

cita a justificativa. 

Implementações

O novo projeto surge como uma medida complementar a Lei Orgânica, que exige do prefeito da capital o envio do Plano de Metas à CMC em até 60 dias após a abertura da primeira sessão legislativa e na abertura das sessões legislativas dos anos subsequentes.

Diante disso, a matéria determina a implementação de um instrumento que, segundo a CMC, “discriminará expressamente os indicadores de desempenho e as metas quantitativas e qualitativas para cada um dos setores da administração pública direta e indireta, observando, no mínimo, os objetivos, diretrizes, ações, programas e intervenções estratégicas e outros conteúdos conexos, apresentados como propostas na campanha eleitoral, previstos no plano diretor e demais instrumentos urbanísticos”.

O projeto também regulamenta sobre o relatório quadrimestral de execução do plano. Quanto às metas, regulamenta a apresentação por regionais, “buscando-se priorizar orçamento” para as áreas mais vulneráveis da cidade. 

Tramitação

De acordo com a CMC, o projeto de lei foi instruído pela Procuradoria Jurídica (Projuris), recebeu o substitutivo com adequações no texto e no momento, aguarda parecer definitivo da Comissão de Constituição e Justiça. Caso acatado, ele seguirá para as demais comissões permanentes, indicadas pela CCJ de acordo com o tema da proposição.

Após essa etapa, a matéria estará apta para votação em plenário, sendo que não há um prazo regimental para a tramitação completa. Caso seja aprovada, segue para a sanção do prefeito para virar lei. Se for vetada, cabe à Câmara dar a palavra final – ou seja, se mantém o veto ou promulga a lei.