Dançarino Gui Negão fala sobre dificuldades de artistas negros conseguirem espaço
O artista é um dos entrevistados da série da RICtv 'Aqui é Meu Lugar', um especial para a semana da Consciência Negra; veja depoimento na íntegra
O dançarino Guilherme Fernando de Abreu, mais conhecido como Gui Negão é o entrevistado desta sexta-feira (22) da série ‘Aqui é Meu Lugar’, da RICtv. Gui Negão iniciou como bailarino de danças urbanas e depois se tornou professor e coreografo. Durante a carreira ele participou de competições nacionais e internacionais.
Durante a carreira, o dançarino precisou lidar com o racismo, em entrevista à RICtv, para a série especial para a semana da Consciência Negra ‘Aqui é Meu Lugar’, Gui Negão falou sobre as experiências que teve ao longo da vida.
“Tem muitos, são vários, mas acho que um deles é essa dificuldade das pessoas enxergarem mais. Às vezes para você estar em uma line-up, entrar no evento, é mais difícil, não é só você ser bom, tem várias coisas, mas o fato de você ser uma pessoa preta é mais difícil”, contou o dançarino.
Ao ser questionado se precisa se provar mais por ser um artista negro, Gui Negão, afirma que desde criança sabia que precisava ter esse pensamento.
“Desde quando a gente nasce, né? Tudo é mais complicado pra gente, parece meio guichê, mas é o que os nossos pais falam: ‘tudo pra você vai ser mais difícil, você tem que saber lidar na sociedade, porque você é uma pessoa preta’. E aí você criança não entende, né? Mas conforme você vai vivendo, vai vivenciando, vai tendo outras pessoas ao redor, você fala: ‘é realmente, minha mãe estava certa’. Então a gente tem que ta se provando todo o tempo” contou Negão.
Veja a entrevista de Gui Negão à RICtv na íntegra:
Série ‘Aqui é Meu Lugar’
A série ‘Aqui é Meu Lugar’ entrevista artistas do cenário paranaense e vai ao ar na semana da Consciência Negra, de segunda (18) a sexta-feira (22).
A cada dia, a série mostra a história destes profissionais que sobrevivem da arte e, acima de tudo, enxergam o espaço ocupado como forma de resistência. A ideia da produção é propor o debate sobre consciência negra e racismo estrutural a partir da arte, circulando pela dança, música e artes visuais.
A série é apresentada pela jornalista Ana Vaz, com imagens de Luan Santiago, produção de Paula Girardi e edição de Rhuan Cachel.
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