Deltan Dallagnol oficializa apoio a Eduardo Pimentel em Curitiba
Pimentel assinou carta de compromissos com legado da Lava Jato
Eduardo Pimentel (PSD) e Deltan Dallagnol (NOVO) oficializaram aliança para as eleições de Curitiba este ano. A coluna teve acesso a primeira foto oficial da dupla, no Jardim Botânico, cartão postal escolhido para a assinatura de uma carta de compromissos do vice-prefeito com o ex-procurador-chefe da Lava Jato.
O documento assinado no fim da manhã desta terça-feira (21) traz 17 pautas prioritárias para Dallagnol, entre elas, a não nomeação de pessoas acusadas pela operação, mesmo que tenham processos pendentes ou anulados, e a indicação de nomes técnicos para as Secretarias da prefeitura.
Mesmo com bons números nas pesquisas eleitorais, Dallagnol já tinha anunciado na semana passada que não iria disputar a prefeitura de Curitiba e diz que o apoio formalizado agora decorreu de pesquisas e conversas.“Conversei com mais de vinte pessoas próximas a Eduardo sobre ele e, em mais de dez ocasiões, com ele. Todos que acompanham sua carreira testemunham que é um político honesto, competente, inovador”, destacou.
Pimentel comemorou a adesão do ex-deputado federal ao seu projeto. “Temos valores que nos unem. Fico feliz com essa importante coligação com o partido Novo e o Deltan, por quem sempre tive grande admiração”, afirmou o vice-prefeito.
A carta traz a defesa de valores como a vida, a família, a liberdade de expressão e religiosa e o aperfeiçoamento do cuidado com as pessoas mais vulneráveis, como os autistas.
Com a entrada dos lavajatistas em sua coligação, Pimentel conseguiu reunir em torno de si boa parte da centro-direita curitibana. Além do NOVO, ele já conta com Podemos, Republicanos, PRD e MDB, e está em discussões avançadas com o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, e com o Progressistas.
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Decisão
A coluna apurou que o entorno de Dallagnol insistiu na possibilidade da candidatura à prefeitura e chegou a reunir uma banca de grandes nomes do direito eleitoral para atuar no processo de homologação da candidatura.
A tese seria de que o TSE não condenou Deltan à inelegibilidade, mas apenas indeferiu o registro de candidatura. Os advogados se apoiavam em decisão recente da Justiça Eleitoral do Paraná que afirmou que Deltan não estava inelegível.
Contudo, o ex-procurador preferiu focar na organização nacional do NOVO, que planeja aumentar sua influência sobre as cidades e, assim, aumentar a bancada no Congresso Nacional em 2026.
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