Deputados assumem trincheiras sobre mudanças na COPEL
O debate sobre a redução do controle estatal sobre a Copel, seja via privatização, seja transformação em corporação, sempre despertou paixões e polêmicas intensas. Um exemplo dessa situação é a rejeição que Jaime Lerner provou quando saiu do governo em 2002, alguns atribuem a baixa popularidade a sua malsucedida tentativa de privatizar a companhia, talvez por isso boa parte da classe política do Paraná tenha fugido do assunto até agora.
Eu disse até agora porque, mesmo sabendo desse vespeiro, o Governador Ratinho Junior encampou a iniciativa de levar adiante a transformação da Copel em corporação, o que tiraria da mão do estado parte significativa do controle da empresa. Quando a autorização foi apreciada na Assembleia Legislativa a base aliada garantiu que o processo avançasse com um placar de 36 votos favoráveis e 13 votos contrários, mas nenhum deputado subiu ao púlpito para defender a iniciativa.
O cenário parece ter mudado com a decisão do deputado Alexandre Curi, primeiro secretário da Alep, que tomou para si o assunto e tem defendido a medida tanto em espaços políticos quanto na mídia. É um movimento arriscado, pois acaba contrariando parte do sindicalismo ligado à companhia, mas também é um passo necessário para quem pode ter a pretensão de voos mais altos.
Se do lado da oposição umas das vozes mais intensas é do Deputado Arilson Chiorato, agora o lado da situação encontrou uma voz sob a qual convergir.