Deputados estaduais aumentaram gastos com verbas de ressarcimento em ano eleitoral
Entre os meses de janeiro a novembro de 2022, ano eleitoral, os parlamentares da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) gastaram R$ 16,6 milhões em verbas de ressarcimento. O número é 9,2% maior do que valores despendidos no mesmo período de 2021, que atingiu 15,2 milhões de reais, conforme o levantamento da Jovem Pan News Curitiba.
Ainda não foram fechados os recursos utilizados pelos deputados no mês de dezembro do ano passado, o que deve aumentar ainda mais os gastos finais.
Ao se comparar com o período de janeiro e novembro de 2019 e 2020, quando as despesas com a verba de ressarcimento ficaram em torno de R$ 13 milhões em cada ano, os valores gastos pelos parlamentares com estes recursos em 2022 aumentaram 27,6%.
Além do salário e do valor para contratação da equipe de gabinete, cada deputado tem direito a cerca de R$ 36 mil mensais da verba para gastos com transporte, alimentação, telefone, combustível, correspondência, aluguel de carros, aluguel de imóveis, divulgação da atividade parlamentar, entre outros.
O dinheiro não utilizado em um mês pode ser acumulado para o outro. Ao final de cada ano, os valores não utilizados retornam para os cofres da Assembleia e podem ser devolvidos para o Governo do Estado promover novos investimentos ou para desenvolver novas ações.
As informações sobre o uso da verba de ressarcimento levantados também apontam que 35 dos 58 parlamentares que passaram pela casa de leis no ano passado gastaram mais de R$ 300 mil reais entre os meses de janeiro e novembro somente com a verba de ressarcimento.
Os mais gastadores
Entre os deputados que cumpriram todo o seu mandato e que solicitaram os maiores valores de verba de ressarcimento em 2022 estão Professor Lemos (PT) com R$ 402,2 mil; Galo (PP), com R$ 400,2 mil; e Tiago Amaral (PSD), com R$ 399,7 mil.
Os mais econômicos
De outro lado, os parlamentares que menos gastaram no período foram Rodrigo Estacho (PSD), com R$ 63,3 mil utilizados; Luiz Fernando Guerra (UB), com R$ 125 mil em recursos gastos; e Mabel Canto (PSDB), com R$ 144 mil despendidos.
Todos os gastos dos parlamentares com a verba de ressarcimento ficam disponíveis no portal da transparência da ALEP. Entretanto, em agosto do ano passado, dois meses antes da eleição, a casa retirou do ar as informações sobre estas despesas. Depois de uma grande repercussão na imprensa a casa voltou a disponibilizar estes dados.