Eduardo Bolsonaro votou junto com o PT? Veja o que diz o deputado
O nome do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) voltou a ganhar espaço nas redes sociais na tarde desta quarta-feira (14) após a sessão da Câmara, onde os deputados votaram a Lei das Estatais. A aprovação do projeto é de interesse do Partido dos Trabalhadores (PT), pois pode facilitar que Aloizio Mercadante assuma a presidência do BNDES. Eduardo foi criticado por votar favorável à aprovação e justificou sua posição.
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O projeto de lei foi aprovado nesta terça-feira (13) e, entre outras coisas, proíbe a indicação para cargos em estatais pessoas que estão ligadas a cargos de decisão em partidos políticos ou que trabalhem em campanhas eleitorais nos 30 dias antes da indicação.
Eduardo Bolsonaro votou pela aprovação da matéria na Câmara, mas negou ter posição favorável ao Partido dos Trabalhadores (PT). O voto do deputado federal repercutiu entre apoiadores e contrários a família Bolsonaro nas redes sociais. Em entrevista ao programa Morning Show, da Jovem Pan News, o parlamentar explicou o voto e disse que tomou a decisão contrariando a indicação de Aloizio Mercadante como presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“Votamos o texto base. Havia uma proibição permanente de que essas pessoas assumissem qualquer cargo. […] A gente tem que ter responsabilidade. Não foi eu que votei com PT, foi o PT que votou no texto base conosco. Votei contra Mercadante assumir o BNDES. Vocês não acham que seria saudável evitar que Mercadante pudesse sequer assumir? Tirar essa pessoa de qualquer possibilidade de assumir uma estatal”, explicou.
Os deputados aprovaram o projeto que altera o período mínimo de desvinculação para que o indicado possa tomar posse em cargos da diretoria ou conselho administrativo de empresas estatais. Pela Lei das Estatais, Mercadante estaria impossibilitado de assumir o cargo, já que trabalhou na campanha de Lula e teria que passar por quarentena.
A aprovação do projeto aconteceu no mesmo dia que Lula anunciou o ex-ministro da Casa Civil e da Educação Aloizio Mercadante (PT), atual coordenador da transição, como presidente do BNDES. Se a legislação não for alterada, Mercadante só poderia assumir o cargo em 2026, último ano do mandato de Lula. A relatora do projeto, a deputada Margarete Coelho (PP-PI), entende que o período é “extenso”.
Eduardo disse que a orientação veio do próprio Partido Liberal (PL) e que a aprovação proíbe permanentemente a indicação de Mercadante ao BNDES. “Fiz um bom voto, fui o mais radical contra Mercadante no BNDES. Votei para que ele não pudesse assumir qualquer diretoria em estatais em um eventual governo Lula”, defendeu.