Eleições nos Estados Unidos: entenda disputa entre Trump e Kamala
Donald Trump e Kamala Harris protagonizam eleição que deve ser uma das mais disputadas da história norte-americana
Nesta terça-feira (5), serão realizadas as Eleições nos Estados Unidos, com Donald Trump e Kamala Harris apontados como favoritos. Eleitores de 50 estados vão às urnas para decidirem o próximo presidente da nação.
Todos os 50 estados permitiram que os eleitores votassem de forma antecipada. Mas essas cédulas só começarão a ser contabilizadas após o fechamento das urnas, às 19h (horário de Brasília) desta terça-feira.
Mas as eleições nos Estados Unidos têm diversas diferenças com os pleitos realizados aqui no Brasil. Do voto impresso a apuração que pode demorar semanas. Confira abaixo um guia para acompanhar a disputa entre Trump e Kamala.
Trump e Kamala como protagonistas nas Eleições dos Estados Unidos
Donald Trump venceu as prévias do Partido Republicano e disputará a terceira eleição seguida nos Estados Unidos. O empresário foi eleito presidente em 2016, mas foi derrotado por Joe Biden em 2020.
Biden havia sido a escolha primária do Partido Democrata para as Eleições, mas após o atual presidente apresentar desempenho abaixo do esperado em um debate eleitoral e nas pesquisas, a vice-presidente, Kamala Harris, foi nomeada à disputa.
Trump é o primeiro candidato republicano desde Richard Nixon a disputar três eleições presidenciais, enquanto Kamala tenta ser a primeira mulher a ser eleita presidente dos Estados Unidos.
A disputa entre Trump e Kamala deve ser uma das mais equilibradas da história. As últimas pesquisas eleitorais mostram que os candidatos devem terminar próximos em delegados conquistados.
Como comparação, Biden venceu Trump em 2020 por uma diferença de 74 delegados (306 a 232).
Levantamento do The New York Times aponta que nos Swing States (estados considerados chave para a definição do próximo presidente), Kamala lidera em Nevada, Carolina do Norte, Wisconsin e Geórgia, enquanto Trump está na frente das intenções de voto no Arizona. Já na Pensilvânia e em Michigan os candidatos estão empatados.
Outros três candidatos lançaram candidaturas independentes nas Eleições nos Estados Unidos: Cornel West, Jill Stein (Partido Verde) e Chase Oliver (Partido Libertário).
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Como é a votação nas Eleições dos Estados Unidos?
As Eleições nos Estados Unidos adotam o modelo de Colégio Eleitoral. Dessa forma, cada estado conta com representantes que decidem como os votos daquele local serão encaminhados.
As únicas exceções são os estados de Nebraska e Maine, que distribuem o número de delegados votantes de acordo com o percentual de votos recebidos pelos candidatos.
A votação nos Estados Unidos é feita de forma impressa. Dessa forma a contabilização é feita de forma manual após o encerramento do pleito. Por isso, a definição do próximo presidente do país pode levar semanas, a depender do equilíbrio da disputa.
Diferente do Brasil, em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é responsável por divulgar os dados à população, nos Estados Unidos cabe à imprensa realizar essa apuração de boca de urna e apontar os resultados ao público.
Atualmente duas associações fazem essa apuração de boca de urna:
- National Election Pool (NEP);
- AP VoteCast, ligada à Associated Press.
Após essa apuração, o Colégio Eleitoral dos Estados Unidos se reúne em dezembro para realizar a votação oficial com os representantes dos estados. Já em janeiro de 2025, o Congresso Nacional norte-americano diplomará o próximo presidente do país.
Quantos delegados cada estado dos Estados Unidos têm?
Ao todo, 538 delegados estão divididos entre os 50 estados dos Estados Unidos. Dessa forma, Trump e Kamala precisam de no mínimo 270 desses representantes para conquistar a presidência do país.
Trump e Kamala conquistam esses delegados ao vencer a votação nos estados, sendo que cada local tem um número específico de representantes, de acordo com a população.
Confira abaixo o número de delegados em cada estado dos Estados Unidos:
- Califórnia: 54
- Texas: 40
- Flórida: 30
- Nova York: 28
- Illinois: 19
- Pensilvânia: 19
- Ohio: 17
- Georgia: 16
- Carolina do Norte: 16
- Michigan: 15
- New Jersey: 14
- Virgínia: 13
- Washington: 12
- Arizona: 11
- Indiana: 11
- Massachusetts: 11
- Tennessee: 11
- Colorado: 10
- Maryland: 10
- Minnesota: 10
- Missouri: 10
- Wisconsin: 10
- Alabama: 9
- Carolina do Sul: 9
- Kentucky: 8
- Louisiana: 8
- Oregon: 8
- Connecticut: 7
- Oklahoma: 7
- Arkansas: 6
- Iowa: 6
- Kansas: 6
- Mississippi: 6
- Nevada: 6
- Utah: 6
- Nebraska: 5
- Novo México: 5
- Havaí: 4
- Idaho: 4
- Maine: 4
- Montana: 4
- New Hampshire: 4
- Rhode Island: 4
- Virgínia Ocidental: 4
- Alaska: 3
- Dakota do Norte: 3
- Delaware: 3
- Distrito de Colúmbia (D.C.): 3
- Dakota do Sul: 3
- Vermont: 3
- Wyoming: 3
O que são os Swing States e a importância deles para Trump e Kamala?
Nos Estados Unidos, a maior parte dos estados está ligada aos democratas ou aos republicanos.
Dessa forma, teoricamente, ambos os candidatos já saem com um número específico de delegados.
Os democratas costumam vencer na Califórnia, Oregon e outros estados da Costa Oeste dos Estados Unidos, bem como em Nova York, Nova Jérsei e outros locais nos Grandes Lagos.
Já os republicanos são maioria nos estados do Sul, bem como no Corn Belt e outros estados centrais voltados para a produção agrícola.
Surgem então os Swing States, estados que não tem preferência garantida entre democratas e republicanos e por isso definem os vencedores em cada eleição.
Na próxima eleição, são sete estados nomeados como Swing States:
- Arizona;
- Carolina do Norte;
- Geórgia;
- Nevada;
- Michigan;
- Pensilvânia;
- Wisconsin.
Juntos, os Swing States somam 93 delegados. Por isso, Trump e Kamala precisam vencer na maioria dessas localidades para conquistarem a presidência dos Estados Unidos.
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