Em 1ª sessão da Câmara, vereadores enfrentam protesto de funcionários da Urbs
Na manhã desta quarta-feira (1º), durante a abertura da sessão legislativa de 2023 da Câmara Municipal de Curitiba, funcionários da Urbs membros do Sindicato dos trabalhadores em Urbanização do Estado do Paraná (Sindiurbano) fizeram um protesto em frente a Casa. A manifestação, segundo o presidente do sindicato, Valdir Mestriner, foi para sensibilizar os vereadores sobre demissões na empresa.
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De acordo com o Sindiurbano, os trabalhadores estão em greve desde terça-feira (31). “A luta é contra a terceirização de atividades na empresa, em defesa dos empregos, pela segunda folga dupla da fiscalização e pela renovação do Acordo Coletivo de Trabalho”, disse o sindicato.
Ainda segundo o Sindiurbano, “a empresa quer demitir todos os trabalhadores da carreira de agente de apoio. Além disso, fechou todas as portas de negociação do ACT. Na última contraproposta apresentada, a diretoria da URBS quer fazer mudanças no Processo Administrativo Disciplinar que colocam em risco todos os empregos”. “
“São trabalhadores que fizeram concurso e foram aprovados no tempo de experiência. Que têm, em média, mais de 20 anos de serviços prestados à cidade. E agora a empresa quer jogar novamente no mercado de trabalho”, explicou o diretor do sindicato, Ilmar Brandão.
O que diz a Urbs
A Urbs informou, em nota, que a adesão à greve é inferior a 20% e que não compromete o atendimento ao cidadão e nem aos passageiros do transporte coletivo.
“A Urbs propõe aumento de 12,47% retroativo a maio de 2022, retorno do anuênio que havia sido suspenso entre 2018/2020 – o que representa um adicional de 3% no aumento, e diminuição do percentual de desconto do plano de saúde que hoje é 12% para 7%. Quanto à segunda folga dupla, a Urbs argumenta que hoje já há uma deficiência de fiscais de transporte e essa medida prejudicaria a população, comprometendo a qualidade do serviço, além de custos com horas extras”, diz a nota.
Ainda, a empresa afirma que “não estão previstas demissões de outras carreiras, além dos agentes de apoio, cuja função foi extinta. […] A Urbs vem promovendo essa transição de forma gradativa desde 2018, quando foi extinto o cargo de agente de apoio, no qual essas atividades estavam enquadradas”.
“A ação também segue uma recomendação do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) de redução de custo com pessoal. A economia para o erário público pode chegar em R$ 5 milhões em um ano. Vale lembrar que empregos não serão perdidos, pois os postos de trabalho continuarão a existir, a diferença é que a atividade será realizada por um terceiro especialista no assunto, o que para a administração pública é muito mais satisfatório, já que as faltas têm que ser supridas pela empresa tercerizada, evitando quebras nos turnos e garantindo a execução das atividades. Também cabe ao ao poder público exigir a excelência no trabalho”, informa a nota.