Envio de vídeo pela Seed contra greve dos professores é investigado

Ministério Público do Paraná abriu procedimento para apurar o envio de vídeos feito por telefone celular utilizado pela Secretaria Estadual de Educação

por Guilherme Becker
com informações do Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan
Publicado em 13 jun 2024, às 08h12.

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) abriu um procedimento para apurar a produção e o envio de vídeo contrário à greve de professores para pais de alunos da rede estadual. A investigação preliminar será conduzida pela 5ª Promotoria de Justiça de Proteção ao Patrimônio Público de Curitiba. A informação foi confirmada pelo Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan, nesta quinta-feira (13).

Vídeo foi enviado por número de telefone ligado a Seed
Vídeo foi enviado por número de telefone ligado a Seed (Foto: Orlando Kissner/ Alep)

O procedimento vai buscar informações relacionadas à produção e ao envio, no âmbito da Secretaria de Estado da Educação (Seed), de vídeo encaminhado a pais de alunos da rede estadual de ensino. O vídeo em questão menciona manifestações repletas de violência, e que os estudantes estariam em risco por conta da paralisação dos docentes, que ocorreu entre os dias 3 e 6 de junho.

O material foi disparado pelo número de telefone celular utilizado pela Seed para a comunicação com os pais dos alunos. Segundo a APP-Sindicato, entidade que representa os professores, o envio do vídeo ocorreu nos dias 28 de maio, quando a greve foi anunciada pela categoria, e no dia 1º de junho, dois dias antes do início da mobilização.

Seed informa que investiga o envio do vídeo

A princípio, a Seed negou que o vídeo tivesse sido disparado pela pasta. Porém, em um posicionamento posterior, a secretaria admitiu o disparo do vídeo, e informou que iria abrir uma sindicância para apurar a ocorrência.

Por meio de nota, enviada ao Jornal da Manhã, a Seed informou que aguarda a notificação oficial do MPPR. A pasta ainda diz que a secretaria está apurando administrativamente os fatos questionados, e que o processo de apuração tem um prazo aproximado de 30 dias para a conclusão.

A APP-Sindicato informou que o jurídico da instituição está tomando providências para fazer uma representação de todas as práticas antissindicais.

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