Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, é preso nesta quinta (18)

por Renata Nicolli Nasrala
com informações do R7
Publicado em 18 jun 2020, às 07h29. Atualizado às 07h50.

Nesta quinta-feira (18), Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, foi preso em Atibaia, no interior de São Paulo (SP), em um imóvel ligado ao advogado de Flávio.

De acordo com informações da Record TV, a ação foi realizada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de São Paulo e Rio de Janeiro.

Fabrício Queiroz preso: mandados foram expedidos pela justiça do RJ

Os mandados de prisão foram expedidos pela justiça do Rio de Janeiro em uma investigação intitulada de rachadinha, que apura um esquema no gabinete do parlamentar na Assembleia Legislativa do RJ.

Conforme a investigação, rachadinha é o nome dado quando um funcionário devolve parte do salário ao parlamentar.

De acordo com o que foi levantado pela investigação, o esquema aconteceu enquanto Flávio Bolsonaro era deputado estadual do Rio de Janeiro.

R$ 2 milhões em 483 depósitos

Segundo a Promotoria, Queiroz recebeu R$ 2 milhões em 483 depósitos de dinheiro em espécie feitos por 13 assessores ligados ao gabinete de Flávio Bolsonaro.

A investigação começou depois do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou movimentações bancárias atípicas no nome de Queiroz

Além disso, foi identificado a movimentação de R$ 1,2 milhão em uma conta no nome de Queiroz entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.

O documento também cita um repasse de R$ 24 mil para a futura primeira-dama Michelle Bolsonaro. Conforme o presidente Jair Bolsonaro, o dinheiro se tratava na época de um pagamento de uma dívida antiga do policial militar com ele.

R7 tentou contato com a defesa de Flávio Bolsonaro, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria, que será atualizada assim que um retorno for concedido ao veículo.

Operação Anjo

A Operação Anjo, deflagrada no início da manhã desta quinta (18), cumpre ainda outras medidas autorizadas pela Justiça relacionadas ao inquérito, como por exemplo busca e apreensão, afastamento da função pública, comparecimento mensal em Juízo e a proibição de contato com testemunhas.

De acordo com o MPRJ, outros investigados são o servidor da Alerj Matheus Azeredo Coutinho; os ex-funcionários da casa legislativa Luiza Paes Souza e Alessandra Esteve Marins; e o advogado Luis Gustavo Botto Maia.