Fruet faz autocrítica e quer comparar sua gestão com Greca para voltar a prefeitura
O ex-prefeito Gustavo Fruet (PDT) tem consciência que o curitibano não enxerga o legado que diz ter deixado a cidade. Ele terminou o mandato com 63% de desaprovação, e por isso, sabe que é preciso reconhecer erros para tentar uma nova chance no Palácio 29 de Março. “Ter noção desse passado, noção dos erros, mas ter clareza da capacidade de gerenciar em momento de crise.”, explicou. Segundo o atual deputado federal, a sua equipe de comunicação falhou em mostrar os feitos da gestão, e a letargia de seu trabalho, que fez com que ele não chegasse nem ao segundo turno na tentativa de reeleição, se deu em boa parte pelo o que ele considera uma perseguição política do então governador Beto Richa (PSDB). “Eu fiquei careca de tanto pedir ao governador pra que liberasse os recursos de pavimentação para a cidade de Curitiba, ele bloqueou durante toda a gestão”. Ele emendou dizendo que também houve problemas em repasses para o transporte. “No dia seguinte a posse do Greca a primeira atitude, do então governador, foi liberar o subsidio para o transporte coletivo.”, reclamou.
O deputado federal foi o quinto convidado de uma série de entrevistas que o Jornal da Manhã Paraná, da Jovem Pan, está fazendo com os pré-candidatos a prefeitura de Curitiba. Mesmo com problemas, Fruet disse que está preparado para fazer a comparação da sua gestão com a atual. “Curitiba que tinha o primeiro lugar no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), hoje está em quarto. Curitiba tem hoje 34 unidades de saúde fechadas.”, cutucou. Ele também se mostrou preocupado com as finanças da capital “Curitiba vai ter o maior deficit da história recente, vai chegar com quase R$ 600 milhões, de curto prazo, para a solução no ano de 2021. Se acrescente a essa crise a revisão e a suspensão do pagamento do fundo previdenciário”. Para o pré-candidato o maior desafio será retomar investimentos na saúde e educação mesmo diante da crise fiscal.
Fruet disse que vai usar o fundão eleitoral, R$ 2 bilhões em verbas públicas que os políticos reservaram para gastar em campanhas.
Confira a entrevista na íntegra: