Lula e Bolsonaro crescem em pesquisa, mas diferença segue em 11 pontos percentuais, segundo Genial/Quaest
SÃO PAULO (Reuters) – Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (17) mostrou estabilidade na vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial de outubro, com os dois registrando oscilação positiva de 1 ponto percentual em relação ao levantamento anterior.
Lula aparece com 45% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro soma 33%. Na pesquisa divulgada dia 3 de agosto, o petista tinha 44% e o atual presidente registrava 32%. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.
Os demais candidatos somaram 10%, mesmo patamar da pesquisa anterior. Os votos brancos e nulos somaram 6%, o mesmo que os indecisos.
Na resposta espontânea para o primeiro turno, quando o pesquisador não apresenta do nome dos candidatos ao entrevistado, Lula aparece com 33% contra 27% de Bolsonaro –o placar anterior era de 33% a 26%.
Análise dos números
O resultado da pesquisa mostra que o início do pagamento do valor aumentado do Auxílio Brasil –de 400 para 600 reais– na semana passada não teve impacto na disputa, ao menos por ora. Entre os que recebem o auxílio 57% declararam intenção de voto em Lula, ante 52% no levantamento anterior. Do lado de Bolsonaro, o apoio passou a 27%, ante 29%.
Já a seguida presença do presidente em eventos evangélicos parece estar surtindo efeito. Nesse segmento do eleitorado, as intenções de voto a Bolsonaro foram a 52%, ante 48% no levantamento anterior, enquanto o apoio a Lula oscilou a 28%, ante 29%.
No caso de um segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o petista aparece com 51% das intenções de voto, contra 38% do presidente. O placar anterior estava em 51% a 37%.
O levantamento também apontou que a avaliação negativa do governo de Bolsonaro está em 41% (ante 43%), ao passo que o percentual dos que avaliam o governo de forma positiva oscilou para 29% (ante 27%) e aqueles que veem o governo como regular somam 27%, repetindo o patamar anterior. Segundo o instituto Quaest, a avaliação negativa está no patamar mais baixo desde 2021.
Na pesquisa encomendada pela Genial Investimentos, o Quaest ouviu 2.000 pessoas de forma presencial entre os dias 11 e 14 de agosto –o levantamento anterior foi feito entre 28 e 31 de julho.
Por Alexandre Caverni