Gustavo Fruet afirma que não irá permitir reajuste abusivo

O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, se manifestou nas redes sociais sobre a greve dos motoristas e cobradores de ônibus que atinge toda Curitiba e RMC. Segundo ele, não será permitido um reajuste abusivo do transporte público na capital. Fruet teria sido informado de que a paralisação foi forçada pelo sindicato patronal e dos trabalhadores para aumentar o valor da tarifa para R$ 3,40.

“Se ficar comprovado que esta greve é uma articulação para forçar o reajuste da tarifa, vou pedir a prisão do presidente do Sindicato dos Empresários e do presidente do Sindicato dos Trabalhadores”, escreveu.

Fruet afirmou ainda que Curitiba é responsável por 30% do subsídio para os municípios da região metropolitana e que a responsabilidade seria do Governo do Estado.

O presidente do Sindimoc, Anderson Teixieira, afirmou em entrevista ao Balanço Geral que o momento é “delicado”, mas que o sindicato está mobilizado para defender os interesses dos trabalhadores que representa.  Ele descartou a existência de conchavo. E disse que foi questionado sobre outra versão: a de que a greve seria um acordo entre Sindimoc e Prefeitura para aumentar a tarifa.

Negociação

Uma nova rodada de negociações deve ser iniciada a partir das 14 horas de hoje, no Tribunal Regional do Trabalho, entre o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp)  e Prefeitura de Curitiba. A expectativa é de que todas as partes cheguem a um acordo para encerrar a paralisação até o fim da tarde desta quarta-feira (26) para não prejudicar a população na volta para casa.

Transtornos

A quarta-feira (26) começou tumultuada em Curitiba e municípios da Região Metropolitana. Em assembleia, na noite de terça-feira (25), motoristas e cobradores de ônibus decidiram entrar em greve. No total, 12 mil trabalhadores cruzaram os braços à meia-noite.

Durante a manhã, o trânsito de veículos foi bastante complicado na capital. Muita gente teve que tirar o carro da garagem para ir ao trabalho. Nas empresas de táxi, os telefones não param de tocar, pois a demanda por veículos é grande.

Os funcionários do transporte coletivo pedem melhores condições de trabalho,  reajuste de R$ 150,00 no vale-alimentação e o dobro no valor das horas-extras. Além disso, a categoria quer ganho real de 16% para motoristas e 22% para cobradores, além da correção da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Transporte alternativo

A Urbs está cadastrando carros particulares para atuar com transporte alternativo durante a greve de motoristas e cobradores de ônibus de Curitiba. Os veículos cadastrados serão autorizados pela Urbs a fazer transporte alternativo podendo cobrar, no máximo, R$ 6,00 por pessoa. O cadastramento está sendo feito na área de táxi, na ala ferroviária,da rodoferroviária, com acesso pela trincheira que fica embaixo do prédio da Urbs. O acesso será liberado por agentes de trânsito mediante identificação do motorista.

Os carros devem estar em boas condições e os que não têm registro na Urbs passarão por uma vistoria dos técnicos da empresa que também vão conferir a documentação pessoal e do veículo – carteira de motorista, RG e CPF.

Consultas médicas

No Hospital Evangélico, em Curitiba, diversas consultas tiveram que ser canceladas por que os profissionais que atuam no local não conseguiram chegar para trabalhar. Segundo a assessoria do hospital, de 120 trabalhadores, apenas 30 estão em atividade.

O Evangélico orienta que, para evitar maiores transtornos, quem tem consulta agendada não vá ao ambulatório. Os atendimentos devem ser remarcados.

Mais informações em breve

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