Imigrantes sem visto serão proibidos de entrar no Brasil
Investigações mostram que muitos imigrantes sem visto utilizam o Aeroporto de Guarulhos para permanecer no Brasil e pedir refúgio para evitar deportação
O governo brasileiro vai restringir a entrada de imigrantes sem visto a partir da próxima segunda-feira (26), após a Polícia Federal identificar o Brasil como uma rota de tráfico de pessoas para os EUA. Passageiros em trânsito que não possuam visto devem seguir viagem ou retornar ao local de origem.
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Conforme o Ministério da Justiça e Segurança Pública, esses passageiros não podem permanecer no país, mesmo que na área de trânsito internacional de aeroportos.
O secretário Nacional de Justiça, Jean Uema, afirmou que o refúgio não pode ser usado de forma fraudulenta. Ele destacou que o governo brasileiro está utilizando a medida no intuito de interromper uma rota de tráfico de pessoas, especialmente de países asiáticos. O governo espera interromper essa rota em duas ou três semanas.
Investigações mostram que muitos imigrantes sem visto utilizam o Aeroporto de Guarulhos para permanecer no Brasil e pedir refúgio para evitar deportação direta para seus países de origem se forem capturados na fronteira dos EUA.
A Polícia Federal destaca que essas pessoas são vítimas de tráfico humano, orientados pelos chamados “coiotes”, criminosos que lucram com o esquema ilegal de travessia de pessoas, e que a medida visa interromper essa rota ilegal.
Entre janeiro e o início de julho de 2023, 8.327 pedidos de refúgio foram feitos no Aeroporto de Guarulhos. Apenas 117 desses pedidos continuam ativos, enquanto 99,59% dos solicitantes já deixaram o país ou estão irregulares. Segundo a PF, a maioria dos pedidos vem de pessoas da Índia, Vietnã e Nepal.
De um total de 8.327 viajantes que solicitaram refúgio no Aeroporto de Guarulhos, apenas 262 solicitaram CPF, documento de fácil obtenção para os portadores de protocolo de refúgio e que possibilita vários atos da vida civil, como arrumar emprego ou abrir conta bancária.
A PF concluiu que o refúgio está sendo abusivamente utilizado como uma forma de trânsito para outros países, possivelmente sob orientação de contrabandistas de migrantes.
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