Importação de armas de fogo no governo Bolsonaro dispara e é maior do que governos anteriores
De acordo com os dados do Ministério da Economia, nos últimos dois anos, mais de 170 mil armas entraram no Brasil. O aumento da importação de armas de fogo, coincide com o tempo da posse do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que já declarou inúmeras vezes ser a favor do armamento.
No ano passado, foram 10,9 mil armas importadas, sendo uma alta de 94% em relação a 2019, quando 54,6 mil armas foram adquiridas de outros países. No inicio de 2021, foram contabilizadas mais de 917 mil entradas.
Se comparada aos governos anteriores, é um aumento significativo. Somando os governos de Luiz Inácio lula da Silva (PT), Dilma Rousself (PT) e Michel Temer (MDB) juntos, o número total chega a 103,8 mil.
Os dados não surpreendem, pois durante sua campanha Jair Bolsonaro havia prometido ampliar o porte de armas de fogo. Antes do atual governo, a importação de revolveres e pistolas era restrita: só era possível acontecer caso não houvessem produtos similares fabricados no país. Em 2019, Bolsonaro derrubou a restrição.
Apesar dos altos números de armas entrando no país, importar um revólver ou pistola ainda é um processo burocrático. De acordo com a Amazon Freight Forwarders, empresa especialista em logística internacional, é necessário, ter o Certificado Internacional de Importação, que é uma licença expedida pelo Exército Brasileiro, e o Certificado de Registro de posse de arma, emitido pela Polícia Federal.
O número de novos registros de armas de fogo no Brasil também aumentou. Segundo dados da Polícia Federal, foram autorizados 179.771 – aumento de mais de 91% em relação a 2019.
De acordo com um levantamento do Ministério da Saúde realizado em julho de 2020, aproximadamente 29.892 brasileiros perderam a vida vítimas de armas de fogo. A estatística considera homicídios, acidentes e outros eventos que envolvam disparos de armas de fogo.
Em relação as crianças, a arma de fogo está na 7ª posição no ranking de número de mortes de crianças e adolescentes de zero a 14 anos por tipo de acidente.
