Incêndio em serraria da família de candidato em Imbaú pode ter motivação política; polícia investiga
Candidato à prefeitura de Imbaú acredita que incêndio na serraria foi encomendado por funcionária terceirizada do município
Um incêndio com possível ligação política está sendo investigado pela Polícia Civil. A serraria do pai do candidato à Prefeitura de Imbaú, nos Campos Gerais do Paraná, Juninho do Miro (PSB), foi incendiada no dia 20 de agosto, deixando prejuízo de aproximadamente R$ 500 mil. A empresa era a principal fonte de renda da família do vereador.
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O presidente da Câmara de Vereadores e agora candidato da oposição nas Eleições de 2024, contou à coluna que acredita que o fogo foi encomendado por uma funcionária terceirizada da prefeitura, três dias antes do incêndio.
“Testemunhas para nós horas após incendiarem nossa empresa que a chefe da terceirizada que presta serviço para a prefeitura, procuraram por eles e ofereceu R$ 1.500 para o serviço, mas que eles negaram fazer. Eles deram o nome da mandante e do autor e foram para delegacia”, contou.
A coluna teve acesso ao boletim de ocorrência. As testemunhas contaram para a Polícia Militar que a funcionária os encontrou em uma praça, pagou bebida alcoólica para eles e, em seguida, ofereceu o dinheiro pelo serviço.
“Eles responderam para funcionária que iriam pensar e depois saíram. Posteriormente, quando souberam que o maquinário da empresa estava queimado, resolveram registrar a ocorrência e denunciar o autor, que é morador de Faxinal”, diz o boletim registrado na Polícia Civil.
Candidato alega motivação política como causa do incêndio
Miro disse para a reportagem que a serraria é a fonte de renda da família e, além disso, afirmou que tudo foi uma estratégia de cunho político.
“O prejuízo é de mais de R$ 500 milhões. As máquinas estão todas queimadas, tivemos que dispensar todos os funcionários e sabemos que o cunho final de tudo isso é político. A empresa ajudava a bancar as despesas eleitorais, mas perdemos tudo e não sabemos o que fazer”, afirmou.
O que diz a Polícia Civil?
Em nota encaminhada para a coluna, a Polícia Civil do Paraná disse que está investigando o caso e que aguarda laudos que podem ajudar no andamento das investigações.
“A PCPR está investigando o caso e realiza diligências a fim de esclarecer os fatos. Oitivas estão sendo realizadas e a PCPR aguarda laudos complementares que darão auxílio no andamento das investigações”, disse a nota.
O que diz a prefeitura?
A coluna procurou a Prefeitura de Imbaú para se manifestar sobre as acusações, mas até o momento não teve retorno. O espaço está aberto para manifestações tanto do município, quanto da prefeita.
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