Independência ou Morte, o que você ainda não sabe sobre nossa independência
Essa semana comemoramos o dia da nossa independência de Portugal, ou pelo menos era para ser assim já que muita gente acha que é um simples feriado de um fato que nunca aconteceu.
Bom eu vou contar um segredinho para vocês: Nós fomos enganados! A partir do golpe da proclamação da república, sim foi um golpe de estado, começaram a disseminar uma falsa narrativa que colocava Dom Pedro com o imperador devasso, Dona Leopoldina como a gordinha chorona e José Bonifácio de Andrade e Silva, o malandro que ajudou os príncipes regentes dar o golpe da independência do Brasil de Portugal sem o apoio popular.
Entre 1821 e 1822 a coisa estava muito complicada, revoltas populares envolvendo brasileiros e portugueses, indignação com a partida do rei Dom João VI, forçados a retornar a Portugal por pressão das cortes portuguesas ( uma espécie de congresso), a insegurança que Dom Pedro retornasse imediatamente com sua família para Portugal e principalmente as ordens das cortes portuguesas de rebaixar o Brasil a seu status anterior de colônia e dessa vez sem possibilidade de contrato entre as províncias. Os brasileiros nunca aceitariam perder seus direitos civis e retornar a ser colônia portuguesa.
Nessa altura, Dom Pedro que foi criado no Brasil e amava essa terra não tinha o menor interesse de retornar a Portugal e avaliando como inadmissível o Brasil ser rebaixado ao status de colônia resolveu se aconselhar com sua sua esposa, Dona Leopoldina e seu conselheiro, José Bonifácio sobre o ato de ficar no Brasil ou retornar a Portugal e daí que veio a ideia do discurso que ficou conhecido como o dia do fico. Como dizem hoje, A galera foi a loucura!
E ao contrário do que os historiadores dizem, Dom Pedro não tinha nada de tosco. Ele na verdade era um estrategista militar e político que tinha um grupo de conselheiros, liderado por Dona Leopoldina e José Bonifácio, muito influenciado pelas ideias iluministas. D. Pedro era um liberal, entendendo que o Brasil precisava urgentemente de uma constituição própria e uma assembleia na capital da corte. Atrelado a tudo isso era um libriano nato. Com coragem suficiente de peitar qualquer coisa no mundo para alcançar seu objetivo. E não estou puxando a sardinha para o meu lado já que também sou libriano.
Com apoio popular na corte, Dom Pedro saiu em busca de apoio nas províncias de São Paulo e Minas Gerais. Como dizem hoje ele chegou chegando em São Paulo e sufocou uma revolta administrativa que estava comprometida com a corte portuguesa, voltando a verdadeira administração. Com seu jeito simples, simpático e carismático teve o apoio dos populares. Para Pedro apoio popular era o mais importante.
Vocês devem estar se questionando: O quê teve de diferente até agora? Pois é até aqui parece tudo que aprendemos nas escolas, mas o que pouca gente sabe é que D. Pedro tinha modos simples, preferia o povo do que a corte. Tinha consciência que o povo desejava uma independência, com representação em uma Assembléia nacional, uma constituição liberal e abolição dos escravos. Os brasileiros precisavam de uma identidade nacional e só com a independência isso seria possível. Ao contrário do que muita gente pensa, após receber as cartas de Leopoldina e de Bonifácio o príncipe leu, e convocou uma reunião de gabinete de estado com os conselheiros que estavam na comitiva, jogou as cartas no chão, fez um discurso que acabou com a famosa frase, Independência ou morte!
E para quem se pergunta, quem era o regente enquanto Dom Pedro estava em viagem oficial aí vai: Dona Leopoldina é claro. A casa dos Alcântaras e Bragança tinha tradição que mulheres poderiam reinar se fossem herdeiras diretas ou rainhas por serem casadas com o rei. Não foi diferente aqui. Então queridos leitores, a primeira governante mulher de nosso país não foi a mulher Sapiens ou a gênia estocadora de vento, a ex-presidente Dilma, foi a mãe fundadora de nosso país como conhecemos a Imperatriz Leopoldina Bourbon Hansburg de Alcântara e Bragança. Uma mulher fantástica e nascida para governar uma nação.
Bom o resto da história acho que vocês já sabem, tivemos a constituição mais liberal do mundo e que só pecou em uma coisa, não constava a abolição devido a pressão de senhores de terras que rejeitaram o plano imperial de pagar uma compensação e estipular um salário para os futuros ex-escravos. E um detalhe pessoal, a nossa independência não foi levantar uma espada e fazer uma constituição. Houve uma guerra nacional de três anos e meio que nos garantiu a nossa soberania. E só um detalhe: A monarquia brasileira sempre respeitou a constituição e a única fez que peitou o congresso nacional e assinou a abolição da escravidão foram depostos e enxotados do país no golpe da república apoiados pelos mesmos fazendeiros que não queriam a abolição. Para o bem ou para o mal, nossos pais fundadores, Dom Pedro I, Dona Leopoldina e José Bonifácio tinham plena consciência que o povo brasileiro precisava de uma identidade nacional com características do nosso povo. Eles também entendiam que o Brasil não era apenas uma nação com potencial agrário gigantesco ou mesmo com recursos minerais em abundância. A maior riqueza do Brasil era seu povo. Povo este que cai, se levanta e continua lutando apesar das dificuldades.
Isso foi perdido a partir da república e principalmente de FHC até Temer. Nós demos mais importância à modelos ideológicos que nada tem a ver com nosso povo e nossa nação. Acredito que o governo Bolsonaro demonstra a transparência das coisas, que quer resgatar a identidade nacional de nosso povo e que com apoio das novas gerações que vão para as ruas, de cabeça erguida e pedindo por uma nação dos brasileiros e que atendam os interesses da nação com patriotismo, são o início do resgate do que nossos fundadores queriam. Um povo que sabia que eram e para onde queriam chegar. Brasileiros e não militantes.