Janine Mathias fala sobre racismo: "Doeu bastante"
A artista é uma das entrevistadas da série da RICtv 'Aqui é Meu Lugar', um especial para a semana da Consciência Negra; veja depoimento na íntegra
A artista Janine Mathias, de 40 anos, é a entrevista desta quinta-feira (21) da série ‘Aqui é Meu Lugar’, da RICtv. Janine já dividiu o palco com estrelas como Karol Conka, Banda Tuyo e Criolo. O primeiro trabalho de Janine foi lançado em 2013, o EP “Eu Quero Mergulhar” a colocou na cena do rap curitibano. No mesmo ano, a artista abriu o show de Elza Soares e no ano seguinte começou o projeto Samba da Negam inspirado em sambistas tradicionais. Em 2018, Janine lançou o álbum colaborativo “Dendê”.
Durante entrevista à RICtv, para a série especial para a semana da Consciência Negra ‘Aqui é Meu Lugar’, Janine foi questionada sobre se já havia sofrido racismo ao longo da vida e da carreira. A artista reforça que ainda há racismo estrutural.
“Tem muitas coisas que me marcam, uma das coisas é que as pessoas sempre me perguntam porque eu ainda não alcancei algum patamar. Por mais que eu tente pensar que isso não está alinhado, está sim. Por exemplo, eu faço questão de ter meu cabelo Black Power, as capas dos meus discos eu estou de cabelo crespo, de trança, de tudo o que enaltece, então eu insisto com a estética que é do meu povo, que é da minha arte, que é como eu nasci, que é linda. Eu acredito que esta dificuldade vem do racismo estrutural”, explicou.
Além disso, a artista disse que já passou por situações constrangedoras. “Uma das coisas mais chatas que já aconteceu foi eu chegar em um espaço, já estava anunciado meu show, tudo bem que ninguém é obrigado a saber, aí eu falar ‘eu sou a cantora, vim cantar e tal’, e a pessoa olhar e falar ‘eu acho que teve algum engano, não é você’, mostrar o cartaz e tudo bem, eu não estava caracterizada, mas era eu. Aquele dia aquilo doeu bastante”, contou.
Veja a entrevista de Janine Mathias à RICtv na íntegra:
Série ‘Aqui é Meu Lugar’
A série ‘Aqui é Meu Lugar’ entrevista artistas do cenário paranaense e vai ao ar na semana da Consciência Negra, de segunda (18) a sexta-feira (22).
A cada dia, a série mostra a história destes profissionais que sobrevivem da arte e, acima de tudo, enxergam o espaço ocupado como forma de resistência. A ideia da produção é propor o debate sobre consciência negra e racismo estrutural a partir da arte, circulando pela dança, música e artes visuais.
A série é apresentada pela jornalista Ana Vaz, com imagens de Luan Santiago, produção de Paula Girardi e edição de Rhuan Cachel.
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