João Arruda diz que é diferente de Requião e parte pra cima de Greca: "Não sabe governar a cidade"

Fala, Marc!

por Marc Sousa
Publicado em 19 out 2020, às 17h14. Atualizado às 17h19.

Sobrinho do ex-governador Roberto Requião, o candidato do MDB, João Arruda, nega que tio seja um trunfo em sua campanha. Na série de lives que o Portal RICMais está fazendo com os candidatos da prefeitura de Curitiba ele quis mostrar distância do antigo padrinho político. “Eu não tenho nem falado muito com ele ultimamente”, deixando claro que, desta vez, o tio não participou da construção de sua candidatura. Ele afirmou ainda que a figura do ex-governador “poderia ser o papel de qualquer outra pessoa que queria contribuir com nossa cidade”. Na pré-campanha, Requião chegou a dizer que poderia ser candidato, mas depois voltou atrás.

Arruda fez duras críticas a gestão do atual prefeito Rafael Greca (DEM), que tenta a reeleição. Hoje em lados opostos, ele e Greca já foram parceiros no governo Requião. Entre 2007 e 2008, Greca foi presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) e contava Arruda na diretoria de Relações Comunitárias. Com base nessa relação, Arruda criticou a capacidade de Greca. “Não sabe governar a cidade, ele teve na Cohapar comigo e eu via as dificuldades que ele tinha”, disparou explicando: “Não conhecia o processo administrativo. Ele foi prefeito na década de 90 quando não existia Lei de Responsabilidade Fiscal, e o Rafael não sabia o que era uma licitação quando ele assumiu a presidência da Cohapar. O governador na época teve que colocar dois interventores lá, pra não ter uma desgaste político, dois diretores, que foram interventores na administração da gestão da Cohapar“, não deixando claro se ele mesmo foi um desses interventores.

Arruda também disse que vai romper os contratos com as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) que prestam serviços na área da saúde. Ele avaliou que Parcerias Público-Privadas (PPPs) podem até acontecer em outras áreas, mas não no gerenciamentos de postos de saúde da capital. Prometeu aumentar os investimentos em Educação, que saltariam dos 26% para 30% do orçamento, e que vai investir num plano de recuperação da economia no pós-pandemia dando orientações de estratégia, financiamento com juros baixos e até redução de impostos para empreendedores.

Veja a entrevista completa:

A entrevista foi conduzida pelo jornalista do Grupo RIC, Marc Sousa, e pelo colunista político Jeulliano Pedroso. A série de entrevistas segue até o dia 10 de novembro.