João Doria afirma ser 'a melhor via' em 2022 e revela conversas com Moro

Publicado em 16 ago 2021, às 08h18. Atualizado às 08h30.

Em entrevista ao Jornal da Manhã Paraná, da Jovem Pan, o Governador de São Paulo disse que “o Brasil não precisa nem de Lula, nem de Bolsonaro”. João Doria também defendeu ter “a melhor via” para a gestão do país, caso seja eleito presidente nas eleições de 2022.

“Bolsonaro foi o remédio errado para combater a corrupção. Agora nós não vamos votar na corrupção para combater o negacionismo e a incompetência do Bolsonaro. Nós vamos buscar a melhor gestão, a opção que eu defendo. Por isso, não é nem sequer a ‘terceira via’, é a melhor via. O Brasil precisa de um líder que pacifique e ajude a reconstruir o país”,

proferiu ele, que ainda reiterou seu arrependimento pelo apoio ao presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2018.

Durante a entrevista, o jornalista e colunista do RIC Mais Marc Sousa lembrou que há outros pré-candidatos na competição pelo apoio do PSDB para a corrida presidencial do ano que vem, como Eduardo Leite (RS) e Tasso Jereissati (CE). Doria ressaltou que haverá uma disputa entre os colegas de partido dentro de um regime democrático.

Quando lembrado sobre a resistência do deputado federal Aécio Neves em lançar um candidato pelo partido, o Governador argumentou: “Aécio tem a síndrome da derrota. Ele que fique com as suas derrotas, com seus problemas e os oito processos que precisa se defender no Supremo Tribunal Federal. Eu prefiro ficar com o povo e com a democracia”.

Conversas

O tucano também expôs que conversa com líderes partidários e com membros da sociedade civil que queiram uma “via democrática que seja capaz de dialogar com a esquerda e com a direita, mas de seguir em frente”. O político alegou que o Brasil perdeu o respeito do mundo e que é indesejado por outros países.

Doria confirmou que dialoga com o ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro. “Entendo que fez um papel muito importante na defesa da justiça e na criminalização daqueles que cometeram, efetivamente, crime contra o patrimônio público brasileiro. Eu o respeito e continuarei respeitando”, considerou.

Reeleição

O Governador destacou que espera não ouvir mais falar de “caciques” na política brasileira e sustentou que sempre foi contra a reeleição.

“Quando me elegi prefeito de São Paulo, disse: ‘não disputarei a reeleição’. E não disputei. Se me eleger Presidente da República, ainda que a Constituição me permita, não vou disputar a reeleição. E eu falo a verdade. Não sou Jair Bolsonaro que prometeu isso durante a eleição e no segundo mês como presidente já estava disputando a própria reeleição”.

Assista a entrevista completa: