João Guilherme garante que pré-candidatura é pra valer e propõe choque de gestão para Curitiba

Fala, Marc!

por Marc Sousa
Publicado em 6 ago 2020, às 16h49. Atualizado em: 7 ago 2020 às 00h17.

O médico João Guilherme Moraes (Novo), pré-candidato a prefeito de Curitiba, é incisivo: “Laranja aqui só a cor de nosso partido, a cor do Novo é laranja. Eu sou candidatíssimo, não de mim mesmo, de um projeto de pessoas e irei debater de maneira franca e aberta com todo mundo”, afirma afastando os boatos que poderia entrar na disputa como coadjuvante do antigo aliado, Ney Leprevost (PSD), que também pretende disputar o Palácio 29 de Março. Ele diz que irá propor um choque de gestão para a cidade. “A gente faria um corte de cargos de comissão, diminuição no número de secretarias”, revelando que uma das suas propostas centrais é enxugar a máquina pública e fazer concurso publico para secretários municipais, como fez o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, seu correligionário.

O médico foi o quarto convidado de uma série de entrevistas que o Jornal da Manhã Paraná, da Jovem Pan, está fazendo com os pré-candidatos a prefeitura de Curitiba. Critico ferrenho da atual gestão, ele afirma que Rafael Greca (DEM) foi omisso e assumiu decisões que contribuíram com o avanço da Covid-19. “Infelizmente, a nossa liderança, quem deveria dar o exemplo, que é na verdade não é mais prefeito e sim candidato a reeleição, está exercendo o cargo de maneira eleitoreira. Nós percebemos aqui uma série de ações que resume omissão e falta de coragem do atual prefeito. Quando tudo estava bem, ele estava em todas as lives de Curitiba, quando tudo estava bem, ele estava dando entrevista, falando do passarinho, do equilíbrio da asa da economia e da saúde. E sabe o que ele fez, ele deu um tiro no passarinho. Ele não cuidou da saúde da cidade, ele não cuidou da economia da cidade”, provocou o pré-candidato.

Seguindo a orientação do seu partido, o médico diz que não vai utilizar o “fundão eleitoral” de R$ 2 bilhões em verbas públicas que os políticos reservaram para pagar as campanhas. “Nós fazemos campanha com o dinheiro de quem acredita no nosso projeto, a gente tem um trabalho de voluntariado muito grande e as pessoas fazem doação”, afirmou. Ele também comentou sobre a condenação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por uso irregular de dinheiro de fundo partidário na campanha passada, quando foi candidato a vice de Leprevost. O ministro Ogg Fernandes decidiu que a dupla tem que devolver R$ 12 mil aos cofres públicos por gastar verba partidária em um jantar. “Não era responsável por uma série de decisões, e as decisões que foram consideradas equivocadas, se a Justiça Eleitoral achou que estava sendo errado, nós vamos cumprir sem problema nenhum.”, destacou.

Confira a entrevista na íntegra: