Junho Roxo: Paraná é o 1º estado a criar mês de conscientização do lipedema

A campanha do Junho Roxo busca trazer conscientização para mulheres, que são mais afetadas por lipedema, e ajudar na prevenção

por Mariana Gomes
Com revisão de Guilherme Fortunato
Publicado em 10 jun 2024, às 20h33.

A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) realizou uma cerimônia nesta segunda-feira (10) para instaurar a criação do Junho Roxo, mês de conscientização e prevenção do lipedema. O Paraná é o primeiro estado do Brasil a instituir um mês especial dedicado a esta doença.

Junho Roxo: projeto de mês de conscientização do lipedema é aprovado na Alep
O Junho Roxo busca trazer conscientização sobre o lipedema. (Foto: Ilustração/iStock)

O Projeto de Lei 266/2024 foi apresentado pelas deputadas Cantora Mara Lima (Rep), Maria Victoria (PP) e Márcia Huçulak (PSD) e pelo deputado Tercílio Turini (MDB). Além disso, a médica nutróloga Debora Froehner, que trata pacientes com lipedema, participou da escrita do projeto e liderou a movimentação política tramitada na Assembleia.

O objetivo do Junho Roxo é conscientizar a população, principalmente feminina, sobre o risco do lipedema. Atualmente, a doença afeta 12,3% das mulheres do país. De acordo com a médica, a divulgação do tema pode ampliar as possibilidades de tratamento e estabelecer diretrizes e estudos sobre a doença. “O lipedema é uma doença de impacto sistêmico, além do aspecto emocional, tendo repercussão na qualidade de vida das mulheres em qualquer idade e classe social”, explica.

Saiba o que é lipedema, doença foco do Junho Roxo

A princípio, o lipedema é uma doença vascular crônica principalmente caracterizado pelo acúmulo de gordura nas pernas e, às vezes, nos braços. Essa inflamação na gordura gera sintomas como dor, desconforto, cansaço, hematomas frequentes, inchaço e dor nas pernas. Além disso, um sinal da doença pode ser o aumento de peso que não responde a exercícios físicos, tratamentos estéticos ou demais estratégias de emagrecimento. Em casos graves, a doença pode dificultar o caminhar e atrofiar os músculos.

Junho Roxo: projeto de mês de conscientização do lipedema é aprovado na Alep
Por mais que não haja cura, os sintomas podem melhorar com tratamento. (Foto: Ilustração/iStock)

Por mais que não haja cura para o lipedema, o tratamento adequado pode levar a uma grande melhora dos sintomas. Porém, é importante buscar ajuda. “As pacientes sentem vergonha, frustração e culpa”, revelou a médica. “Muito além do que se vê, o que mais importa no lipedema é o que não se vê, o que está por trás das pernas grossas, como aumento do risco de outras doenças, dores e inchaço. São inúmeros os sintomas que impactam na qualidade de vida.”

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