Justiça barra tentativa do PT de associar disparos de hackers à órgãos do Governo do Paraná

Fala, Marc!

por Marc Sousa
Publicado em 26 set 2022, às 12h47. Atualizado às 12h54.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou um pedido do PT que tentou vincular disparos feitos por um ataque hacker a um empresa de telefonia à órgãos do Governo do Paraná. Os advogados da coligação de Lula da Silva (PT), pediram que a Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (CELEPAR) parasse de enviar mensagens de cunho eleitoral. Porém, foi divulgado amplamente pela imprensa que as mensagens não foram enviadas pela estatal e sim por hackers que invadiram o sistema de uma empresa terceirizada, a Algar Telecom.

Na decisão, o Corregedor-Geral da Justiça Eleitoral, Ministro Benedito Gonçalves, destacou: “Constata-se que tanto o Governo do Estado do Paraná quanto a empresa CELEPAR vieram a público, não apenas para repudiar o uso ilícito dos disparos de mensagens em massa, como também para informar o nome da empresa terceirizada que executou os disparos e as providências já adotadas para dar início à apuração de responsabilidade.

Gonçalves ainda lembrou que é “razoável concluir, ao menos nessa primeira análise, que a prática ilícita foi debelada, razão pela qual é desnecessário conceder a tutela inibitória para determinar aos diretores da CELEPAR e da Algar Telecom que cessem a conduta.”

Investigação

Assim que houve o registro da irregularidade, a Secretaria da Segurança Pública do Paraná (SESP) informou que o Núcleo de Combate aos Cibercrimes da Polícia Civil (Nuciber/PCPR) já iniciou as investigações para apurar os responsáveis pelo disparo em massa de mensagens SMS irregulares.

Em comunicado oficial, a Algar Telecom relatou que houve “um acesso indevido à plataforma, com um IP que não pertence à operadora”.

Celapar denunciou ataque hacker

A Celepar registrou um boletim de ocorrência sobe o caso, e pediu investigação sobre a invasão.

A companhia também emitiu ma nota oficial sobre o assunto:

“A Celepar nega categoricamente ser responsável pelo fato acontecido e noticiado pela imprensa neste sábado (24). Como consta no Boletim de Ocorrência nº 2022/989722 fica evidente que o ato ilegal foi cometido a partir de uma empresa terceirizada da Celepar, e os responsáveis deverão ser punidos no rigor da lei.

Em contrapartida, a Celepar vai seguir acompanhando a apuração dos fatos.

Reiteramos que em nenhum momento a Celepar teve ciência, autorizou ou enviou qualquer tipo de mensagem dessa natureza.
Os órgãos policiais e eleitorais já foram acionados em todas as esferas e os boletins de ocorrência realizados para fins de investigação.

Por outro lado, a Celepar notificou a empresa terceirizada para que preste os esclarecimentos de acordo com os parâmetros contratuais e repudia qualquer tentativa de uso político ou eleitoreiro a partir de suas plataformas de serviços e trabalha ativamente para combater esse tipo de atitude.

Por fim, a Celepar se manifesta contra qualquer ato antidemocrático tanto no Paraná, quanto no Brasil.”