Lula cobra ajuda financeira de países desenvolvidos para preservação de florestas
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva cobrou nesta quinta-feira (17), um apoio financeiro de países desenvolvidos para ajudar na preservação das florestas, durante evento com indígenas na COP27, conferência do clima das Nações Unidas que está sendo realizada no Egito.
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“Nós vamos agora fazer a cúpula da Amazônia… nós nunca nos reunimos para formular uma proposta conjunta ao mundo”, disse Lula, reafirmando que pretende reunir os países que compõem a região amazônica no próximo ano para formular uma proposta conjunta ao mundo.
“Não é só apresentar, o que nós queremos saber também é quanto vão nos pagar para a gente cuidar do planeta Terra que muita gente não cuidou quando poderia cuidar e não é fazendo favor a ninguém, é a nós mesmos”, disse.
No mês passado, o principal assessor de política externa do então candidato, Celso Amorim, disse em entrevista à Reuters que Lula pretendia propor a realização dessa cúpula no primeiro semestre de 2023, para a qual seriam convidados também países desenvolvidos interessados em sua conservação.
A reunião, defendida na entrevista pelo ex-chanceler, pode dar um peso político inédito à Organização Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), que existe desde 1978, e reúne Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, além do Brasil.
No Egito, nesta quinta, Lula reafirmou a intenção de criar o Ministério dos Povos Originários e defendeu que os indígenas aproveitem o mandato dele para contribuir mais.
“O mundo precisa de cuidado, de água limpa, floresta preservada, a nossa fauna e ninguém melhor que os indígenas para cuidar e nós sabemos que eles são responsáveis por cuidar de quase todas as florestas existentes no mundo”, disse.
Sem citar nomes, o presidente eleito disse ficar preocupado com bilionários que gastam dinheiro para ir ao espaço em vez de investir em conservação.
“Graças a Deus a humanidade está percebendo que cuidar do meio ambiente, do ecossistema, não é uma coisa menor, é de suma importância porque não temos dois planetas Terra”, destacou.