Maduro é reeleito presidente da Venezuela e oposição acredita em fraude

O candidato opositor, Edmundo González Urrutia, se queixou de que Maduro havia interrompido a transmissão dos resultados; entenda

Publicado em 29 jul 2024, às 07h20. Atualizado às 07h21.

Nicolás Maduro foi reeleito presidente da Venezuela nas eleições presidenciais que aconteceu neste domingo (28). Com 80% das urnas apuradas, ele obteve mais de 5,15 milhões (51,20%), segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE). 

Maduro é reeleito presidente da Venezuela e oposição cita “fraude”
Na reta final da campanha, Maduro e seus aliados mais próximos afirmaram que respeitariam os resultados “divulgados pelo CNE” (Foto: REUTERS/Maxwell Briceno)

O candidato opositor, Edmundo González Urrutia, tinha 4,4 milhões de votos (44,2%). A campanha do opositor se queixou de que Maduro havia interrompido a transmissão dos resultados.

Maduro é reeleito presidente; oposição critica apuração

Segundo líderes da oposição, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que organiza as eleições, não estava permitindo a presença de fiscais ou transmitindo as atas de votação. María Corina, colega de Urrutia, pediu que eleitores fizessem uma vigília nas seções para evitar fraudes.

“Nenhum fiscal eleitoral deixa a seção sem a ata da urna. Nossas testemunhas têm o direito de obter seu certificado. Esse é o momento mais crítico e o melhor modo de nos defendermos é estando presentes na seção eleitoral. O mundo está conosco”, disse ela, na sede do QG da campanha.

Delsa Solórzano, uma das líderes da campanha opositora, também se queixou que o CNE estava impedindo a entrada de representantes da oposição. “Disseram que era melhor eu ir embora em nome da minha segurança”, afirmou.

Com as atas emitidas ao fim da votação e a auditoria das urnas, a oposição esperava fazer uma espécie de apuração paralela para comparar com os resultados a serem divulgados pelo CNE. O temor é de que o conselho, aparelhado por funcionários chavistas, altere os resultados.

Na reta final da campanha, Maduro e seus aliados mais próximos afirmaram que respeitariam os resultados “divulgados pelo CNE”. Vladimir Padrino López, ministro da Defesa que recebeu do ditador o título de “General do Povo Soberano”, repetiu a afirmação de que o CNE era soberano para decidir o que quisesse.

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