Márcio Pacheco fala em "subsídio" para contratação e acabar com "vadiagem"

Márcio Pacheco está no terceiro mandato como deputado estadual e agora entra na disputa pela Prefeitura de Cascavel em 2024

Publicado em 27 ago 2024, às 14h40. Atualizado em: 28 ago 2024 às 14h30.
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Com foco em propostas na área da saúde, educação, mobilidade e promoção social, o candidato a prefeito de Cascavel, Márcio Pacheco (PP), afirmou em sabatina que a prefeitura irá estender a mão para quem quer trabalhar, mas que quem está na “vadiagem” está “cometendo um crime”. A fala foi dita em entrevista na RICtv Oeste, realizada nesta terça-feira (27).

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Márcio Pacheco é atual deputado estadual e candidato a prefeito de Cascavel (Foto: Divulgação/RICtv)

Pacheco está no terceiro mandato como deputado estadual e agora tenta pela terceira vez a disputa pela Prefeitura de Cascavel.

Promoção social

Ao ser questionado sobre como vai trabalhar a assistência e promoção social, o candidato Pacheco falou sobre capacitação da população para as vagas de emprego. “Nós temos que oferecer em parceria com os órgãos que oferecem a capacitação. Cascavel tem vagas de trabalho, mas muitas vezes não tem pessoas capacitadas para ocupar estas vagas. Nós vamos chamar nossos empresários, vamos ampliar os núcleos industriais porque a indústria faz a economia ser sólida. O melhor trabalho de dignidade que você pode fazer do ponto de vista social é viabilizar emprego. O jovem não consegue emprego porque não tem experiência, não tem experiência porque não consegue emprego”, explicou.

Ainda, Pacheco comentou sobre uma proposta para subsidiar o salário de jovens que estão entrando no mercado de trabalho e sobre o trabalho de enfrentamento aqueles que chamou de “vadios”.

“Nós vamos chamar o nosso empresário, quem quiser contratar um jovem carente, que queira trabalhar, nós vamos nos três primeiros meses pagar 50% de subsídio para que o empresário contrate este jovem. Se o empresário gostar, vai continuar com ele trabalhando. Além disso, nós vamos fazer um grande trabalho social de enfrentamento a esta quantidade de desocupados e vadios que têm em Cascavel. Estas pessoas não podem mais ter o sossego que elas têm. Elas estão incomodando nossa população e, para elas não incomodarem, nós temos que incomodar mais elas”, disse.

“Quem quer trabalhar, quer produzir, terá a mão estendida da prefeitura. Quem não quiser nós vamos ampliar a nossa guarda municipal, fazer um diálogo com o poder judiciário, nós vamos viabilizar, por meio de leis, para que estas pessoas que cometem sim um crime, de pequeno potencial, mas que incomoda a população: tem o artigo 59 do Código Penal que diz o seguinte ‘vadiagem é um crime, que é punível com 15 dias de cadeia’. Não vai ser preso, mas o juiz vai poder demandar ele, nós temos quantos lotes baldios em Cascavel que estão sujos, gerando dengue, o juiz pode determinar que estas pessoas trabalhem para ajudar nestas limpezas”, explicou.

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Saúde pública

Sobre as propostas para saúde pública, Pacheco afirmou que vai designar um orçamento de R$ 45 milhões para resolver a fila de espera de cirurgias eletivas.

“Em Cascavel nós temos hoje mais de 6 mil pessoas aguardando por uma cirurgia eletiva […]. Entre cirurgias eletivas, exames, consultas com especialistas e as cirurgias oftalmológicas, nós temos hoje um volume que vem aos milhões de reais necessários para que isso aconteça. Nós fizemos a conta, isso custaria para o poder público municipal cerca de R$ 45 milhões, que parece muito dinheiro, mas nós temos que olhar como um todo. O orçamento do ano que vem, de Cascavel, está previsto para ser em torno de R$ 2 bilhões […]. Nós vamos economizar e, com o dinheiro, vamos fazer este problema de cirurgias serem resolvidos em Cascavel”, ressaltou.

Com relação a modernização, Pacheco contou que ela também deve estar presente na relação com os servidores e que pretende valorizar os profissionais com plano de carreira e salários: “Nós vamos pensar em como eles sejam ouvidos para prestar um serviço melhor e a integração de toda a rede de comunicação da Secretaria de Saúde que não está em sintonia”.

Outra proposta seria o cadastramento de duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) para receber mais orçamento e a construção de um hospital na região Norte de Cascavel. “Uma demanda antiga da região Norte de Cascavel, porque lá no outro lado da cidade nós temos o hospital universitário que é uma referência, eu vou tirar do papel o sonho desta comunidade e vou construir um hospital de atendimento 100% SUS na região Norte de Cascavel. Recurso Cascavel tem e nós vamos fazer o investimento”, prometeu.

Infraestrutura e mobilidade urbana

Sobre a mobilidade, Pacheco afirmou que pretende construir viadutos entre a Rua Domiciano Theobaldo Bresolin e a Rua Jacarezinho e também no acesso a população do Cataratas. Além disso, reforçou a necessidade de uma atuação em sinalização, engenharia, fiscalização e ações educativas para reduzir o número de acidentes.

“A maioria dos leitos ocupados no HU, 60%, 70% são ocupados por pessoas que se envolveram em acidentes de trânsito. Nós temos que aumentar este número de leitos, mas nós temos também que encontrar um formato de diminuir o número de acidentes com vítimas em Cascavel. A sinalização ajuda muito, a engenharia ajuda muito, e nós vamos reorganizar essa questão do trânsito”, detalhou o candidato.

Educação

Pacheco afirmou que irá pagar o piso salarial dos professores e “reorganizar o plano de cargos e carreiras”: “um professor feliz, se sentindo valorizado, se sentindo ouvido nos seus problemas, este é um ponto crucial”, relatou. Sobre a tecnologia na educação, ele afirmou que é preciso usar com razoabilidade, “sem esquecer da vida real”.

Em relação aos Centros de Educação Infantil (CMEIs), Pacheco afirmou que a fila é de 5 mil pessoas e que sua gestão vai “trabalhar com afinco” para reduzir. “Mas não adianta ficar vendendo esperanças para depois falarem ‘ah, mas você não cumpriu’. É uma fila grande, mas nós vamos ampliar o número de CMEIs, contratar servidores, hoje nós temos 12 salas de aula da rede pública nos CMEIs que não estão sendo ocupadas por falta de servidores, de professores. Só aí nós já poderíamos acolher cerca de 240 crianças aproximadamente”.

Ainda, o candidato à Prefeitura de Cascavel compatilhou uma proposta de parceria público-privada que categorizou como “inovadora”: “Vamos ampliar as estruturas dos atuais CMEIs, têm alguns que conseguem, é possível aumentar, vamos ampliar a parceria público privada, com a rede privada que tem em Cascavel, onde a prefeitura pode dar um vale creche, seja para pagamento integral ou parcial, e uma proposta inovadora: nós vamos estabelecer diálogo com os nossos empresários, das médias e grandes empresas, pois eles querem a mão de obra, mas não conseguem ter pois a mãe não tem a vaga. Então vamos falar ‘olha, empresário, se você quiser construir, ou viabilizar uma estrutura física para acolher crianças, desde que a empresa comporte essa quantidade, nós vamos dar o subsídio necessário e toda a força humana, ou seja, os professores e a estrutura humana nós vamos viabilizar”, disse.

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