Marisa Lobo diz que é "Bolsonaro raiz" e aponta Francischini e Moro como "inimigos" do presidente

Fala, Marc!

por Marc Sousa
Publicado em 20 out 2020, às 16h00. Atualizado às 18h12.

Logo na apresentação, a candidata a prefeitura de Curitiba, Marisa Lobo (Avante), fez questão de deixar claro: “Eu sou bolsonarista, como todo o grupo que me segue”. Ela ainda acrescentou: “Eu trabalho, participo, de audiências públicas com a família Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, desde 2011″. O motivo da ênfase é a recente polêmica de um vídeo que viralizou na internet, em que o presidente afirma que há um “inimigo declarado” que estaria usando a foto dele em materiais de campanha na capital dos paranaenses. Bolsonaro não citou nomes, mas para a psicóloga se trata de um de seus adversários: “Deputado Francischini é o traidor que o Bolsonaro se referiu, essa é a verdade”, afirmou. Lobo ainda não poupou críticas ao ex-juiz e ex-ministro, Sérgio Moro, a quem também adjetivou como “traidor”. “Nós engolíamos porque o Bolsonaro colocou ele lá. Acho que não deveria ter saído da Lava Jato. […] A saída do Ministério foi desastrosa e isso manchou a carreira dele”, destacou.

A candidata, que já foi apresentadora de um programa de turismo em TV aberta, dedicou boa parte de seu plano de governo a área. Ela quer investir em turismo rural na capital durante a pandemia. “O turismo rural, porque está fechado? Não tem que está fechado, não tem aglomeração em turismo rural.” Questionada sobre o fato do plano diretor de Curitiba não considerar que a cidade tenha zona rural, disse que pode mudar isso. “Vamos fazer caminhos de turismo rural que você pode fazer nos bairros”, explicou.

Marisa Lobo também não poupou críticas a gestão do atual prefeito Rafael Greca (DEM), que tenta a reeleição, principalmente no enfrentamento à Covid-19. “Nós não acreditamos que a pandemia esteja como Curitiba diz que está […] Nós vamos adotar o protocolo com Ivermectina, de tratamento e atendimento precoce, que vai enfraquecer o vírus”, disse. Ela também comentou sobre a polêmica das vacinas contra o Coronavírus. “As vacinas vão estar disponíveis na prefeitura, mas não haverá obrigatoriedade. As pessoas tomam se quiserem tomar. Eu não vou tomar essa vacina“, avisou.

Veja a entrevista completa:

A entrevista foi conduzida pelo jornalista do Grupo RIC, Marc Sousa, e pelo colunista político Jeulliano Pedroso. A série de entrevistas segue até o dia 10 de novembro.