Mesquita assume secretaria com missão de apaziguar forças de segurança
O novo secretário de Estado da Segurança Pública, Wagner Mesquita, assume a liderança da pasta no Paraná pela segunda vez. Em 2015, o delegado da Polícia Federal já havia sido chamado pelo governador – na época Beto Richa – para administrar a crise na secretaria após o conflito do dia 29 de abril, entre policiais e professores na sede do governo estadual, em Curitiba.
Desta vez, Mesquita assume o cargo após a saída do Coronel Romulo Marinho Soares, que teve a imagem fragilizada depois do ataque à cidade de Guarapuava, no dia 17 de abril deste ano. Autoridades do governo chegaram a demonstrar insatisfação pela liderança de Romulo durante a crise e uma CPI da Segurança Pública chegou a ser solicitada pela Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
O convite para Mesquita voltar a uma pasta do governo do Paraná aconteceu na manhã desta quarta-feira (27). Por telefone, o governador Ratinho Junior entrou em contato com o até então diretor-geral do Detran-PR. Wagner Mesquita estava em Brasília e logo após aceitar o convite se dirigiu ao aeroporto para retornar à Curitiba.
A posição de Mesquita na liderança da pasta é vista com bons olhos pelo governo do estado. O novo secretário possui boa relação com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres. Aliás, o líder da pasta já sondava o nome de Mesquita para assumir um cargo de direção na Polícia Federal (PF).
Com a articulação, Ratinho Junior mantém Mesquita no Paraná e ainda conta com a experiência de um profissional que já administrou crises na pasta. A boa relação do novo secretário com o governo federal pode render mais recursos e benefícios para a segurança pública do estado.
A missão do novo secretário será amenizar a tensão entre as polícias – civil e militar – e o governador.
No currículo, Mesquita conta com grande experiência em inteligência policial e esta deve ser a principal área de investimento no Paraná. Os trabalhos do novo secretário mostram que ele acredita que o crime organizado pode ser combatido com forte ostensivo e inteligência policial.