Presidente Lula participa da reabertura de fábrica de fertilizantes no Paraná

Presidente participa da cerimônia que marca a retomada das atividades da fábrica, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba

por Luciano Balarotti
Com informações de Beatriz Frehner, da RICtv
Publicado em 15 ago 2024, às 12h58. Atualizado às 17h32.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta quinta-feira (15) da cerimônia que marca o início do processo de retomada das atividades na Fábrica de Fertilizantes Araucária Nitrogenados (Ansa), em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. De acordo com o Governo Federal, a fábrica estava parada desde 2020 e será reaberta depois que a produção de fertilizantes voltou a fazer parte do portfólio da Petrobras.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta quinta-feira (15) da cerimônia que marca o início do processo de retomada das atividades na Fábrica de Fertilizantes Araucária Nitrogenados (Ansa), em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. De acordo com o Governo Federal, a fábrica estava parada desde 2020 e será reaberta depois que a produção de fertilizantes voltou a fazer parte do portfólio da Petrobras.
Presidente participa da cerimônia do anúncio da retomada da fábrica (Foto: Beatriz Frehner/RICtv)

A cerimônia, que reúne diversos líderes políticos dos partidos da base do presidente, acontece na Refinaria Presidente Vargas (Repar), também em Araucária. Além das diversas autoridades locais, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, conduz o evento.

Conforme as informações da Presidência da República, o investimento previsto para a reabertura da ANS é de R$ 870 milhões. Inicialmente, serão realizados os procedimentos básicos necessários para a retomada. Isso inclui a publicação dos editais para contratação de serviços de manutenção e de materiais críticos. Na primeira fase desta reentrada no setor, a estratégia é reconfigurar e consolidar operações viáveis em ativos que já pertencem à companhia. A previsão é que a fábrica comece a operar no segundo semestre de 2025.

Presidente ressalta importância de investir na produção de insumos agrícolas

Em entrevista à Rádio T, o presidente afirmou não haver nenhuma explicação que justifique a paralisação da fábrica ao longo dos últimas quatro anos.

“Não tem explicação, num país que tem um potencial agrícola gigantesco, em um estado como o Paraná, que tem uma produção agrícola muito forte, você parar de fazer fábrica de fertilizantes para produzir nitrogenados, para produzir ureia. É uma coisa impensável. No outro mandato eu dizia para as pessoas que era irresponsabilidade a gente não ter em conta que o Brasil não pode ter que importar 90% dos insumos que nós precisamos, para fazer com que a nossa agricultura tenha o potencial que tem hoje. Então nós estamos recuperando isso, nós vamos hoje reinaugurar a Ansa e começar um investimento muito pesado para que ela possa gerar até 2 mil empregos”, afirmou Lula.

Retomada da atividades teve início com recontratação de funcionários

De acordo com as informações oficiais, durante a intervenção para retorno operacional serão gerados mais de 2 mil empregos, entre empregados da Ansa e das empresas contratadas. Inicialmente, desde o início de julho, 215 antigos funcionários da Ansa reiniciaram suas atividades de trabalho. São técnicos especializados no funcionamento da planta industrial que foram recontratados pela subsidiária.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta quinta-feira (15) da cerimônia que marca o início do processo de retomada das atividades na Fábrica de Fertilizantes Araucária Nitrogenados (Ansa), em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. De acordo com o Governo Federal, a fábrica estava parada desde 2020 e será reaberta depois que a produção de fertilizantes voltou a fazer parte do portfólio da Petrobras.
Fábrica que fica ao lado da refinaria de petróleo estava parada desde 2020 (Foto: Divulgação/Petrobras)

Situada ao lado da Repar, a Ansa tem capacidade de produção de 720 mil toneladas por ano de ureia. Número que corresponde a 8% do mercado brasileiro. A planta tem ainda a capacidade de produzir anualmente 475 mil toneladas de amônia e 450 mil m³ do Agente Redutor Líquido Automotivo (ARLA 32).

Governo anuncia investimentos em refinaria

Em sua participação na cerimônia, o presidente anunciou que a Petrobras investirá na modernização da Repar. Na planta, são refinados cerca de 15% dos derivados de petróleo consumidos no país. A refinaria atende principalmente os mercados do Paraná, Santa Catarina, sul de São Paulo e do Mato Grosso do Sul.

A Petrobras anunciou o investimento de R$ 3,2 bilhões, previstos no horizonte do Plano Estratégico, destinado a paradas de manutenção e projetos de investimento na Repar. A expectativa é pela geração de cerca de 27 mil empregos diretos e indiretos. Entre os projetos, está prevista a implantação de uma nova unidade de hidrotratamento de médios (HDT) para aumentar a produção de diesel S10. Além disso, a Petrobras implantará projetos de melhoria de eficiência energética, visando uma menor pegada de carbono nas operações e aumento de carga de destilação, para acréscimo da produção de derivados e atendimento ao mercado.

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Refinaria bateu recordes de produção em 2023

Em 2023, a Repar bateu recordes de produção de mais de dez anos. A produção de gasolina foi de mais de 3,4 bilhões de litros, superando em 3% o recorde de 2012. O volume total de vendas de gasolina pela Petrobras, na área de influência da Repar, foi o maior da série histórica, superando em 4,8% a marca anterior, de 2022. A produção de asfalto (CAP 50/70) atingiu 453 mil toneladas, um aumento de 0,5 % em relação a 2010, ano do recorde anterior.

“Nós vamos fazer um investimento de 4,5 bilhões na Repar para modernizá-la e para fazer com que ela possa produzir refino com muito mais qualidade. E nós estamos fazendo muita coisa aqui no estado do Paraná. Só o PAC do Paraná são R$ 69,5 bilhões que estão previstos. A primeira coisa que eu fiz em janeiro de 2023 quando eu tomei posse, foi convidar todos os 27 governadores a irem a Brasília e me apresentarem as duas, três ou quatro obras que eles consideravam prioritárias para seus estados. E todas as obras que eles apresentaram estão no PAC”, complementa o presidente.

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