PT chama possível cassação de Renato Freitas de injustiça
O diretório estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) no Paraná se posicionou na noite desta terça-feira (10) a respeito da decisão do Conselho de Ética, da Câmara Municial de Curitiba (CMC). O partido chamou uma possível cassação do vereador Renato Freitas de “injustiça”.
Em nota oficial, o partido mostrou solidariedade ao vereador, que passa por um Processo Ético Disciplinar (PED) na Câmara O Conselho de Ética levou o caso à votação nesta terça-feira (10). Com cinco votos a favor, um contra e um que pediu apenas a suspensão de mandato por seis meses, o Conselho optou pela cassação do parlamentar.
A defesa de Freitas tem cinco dias para apresentar defesa e a CMC tem até três sessões para colocar o tema em votação no plenário. Para ser cassado, o vereador precisa de maioria dos votos (20, dos 38 vereadores de Curitiba).
O posicionamento do diretório estadual do PT vai contra uma fala do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que logo após o ato, disse que Freitas “estava errado” por ter entrado na igreja daquela forma.
Confira na íntegra a nota oficial do PT:
“O Partido dos Trabalhadores do Paraná vem a público manifestar seu apoio e solidariedade ao vereador de Curitiba Renato Freitas (PT). Nesta terça-feira (10), a Comissão de Ética da Câmara Municipal de Curitiba votou, de forma injusta, pela indicação da cassação do mandato do vereador.
Renato responde a processo na Casa Legislativa acusado de quebra do decoro, por conta da ocupação na Igreja do Rosário durante um ato no início de fevereiro. A decisão agora segue para plenário.
O vereador pediu desculpas pela atitude e a própria Arquidiocese de Curitiba enviou uma carta ao Conselho de Ética da Câmara, onde declara que aceita as desculpas de Renato e que é contra a cassação de seu mandato. “Percebe-se na militância do vereador o anseio por justiça em favor daqueles que historicamente sofrem discriminação em nosso país. A causa é nobre e merece respeito.”, diz a carta.
A manifestação de Renato não fere o exercício legislativo e nem a legitimidade do seu mandato, portanto, a indicação pela cassação só demonstra a perseguição política contra o vereador e sua representatividade dentro da Câmara Municipal.”