Censurar a Imprensa?
Imprensa, Imprensa, não podemos permitir a imprensa livre !
É incrível gente, mas desde que a imprensa foi criada, governos e governantes sempre tentaram ou regulamentaram a imprensa com o suposto argumento de torná-la mais “ adequada para o bem da sociedade”. Mas afinal, o quê é regulamentação da mídia ou democratização da imprensa?
Regulamentação da mídia ou democratização da imprensa são nomes sofisticados para uma coisa que ninguém gosta, CENSURA a liberdade de imprensa. Sim, censura a liberdade de imprensa. Para quem não entende direito o que é censura a liberdade de imprensa explicarei de uma forma bem simples: Censura a liberdade de imprensa é quando alguém ou algum governo proíbe jornalistas e veículos de comunicação de questionar e emitirem suas opiniões com penalidades de serem presos e processados. No caso da regulamentação da mídia ou democratização da imprensa serve apenas para noticiar aquilo que o governo acha certo.
Alguns exemplos bem conhecidos dessas práticas de censura a liberdade de imprensa que podemos citar são regimes totalitaristas como o Nazismo,Socialismo/ Comunismo, Fascismo, Getulismo, Peronismo, Bolivarianismo, governo militar no Brasil de 1964 a 1985 entre outros. Lembrando que os regismes autoritários do século XX são ramificações do Comunismo/Socialismo.
Provavelmente você deve estar pensando: Ainda bem que isso ficou lá no século XX e o Brasil jamais terá censura novamente da imprensa. Engano seu. Os defensores da democratização da imprensa ou regulamentação da mídia estão sempre nos bastidores do poder. Muitos deles em grupos e partidos políticos ou mesmo em cartéis que apoiam sistemas de governo totalitários para deter com exclusividade determinados setores da economia. Desde 2006 projetos enviados pelo Planalto e por suas bases na Câmara dos Deputados e Senado Federal, vem sido apresentados e sofrendo repúdio da classe política e da sociedade.
Em 2014 o PT intensificou a campanha de regulamentação da mídia e fez de tudo para que fosse implementada. Aqueles cidadãos comuns que defendem a censura da imprensa livre, na maioria das vezes não tem noção do que estão defendendo. Compraram a falsa narrativa de que a tal regulamentação é para evitar manipulação da informação e as fake news. Eu garanto que qualquer pessoa comum que defenda a regulamentação na mídia repudia a censura a imprensa e a liberdade de expressão. Em outras palavras estão sendo manipulados e fazendo exatamente o que grupos políticos querem. Em todos os lugares temos pessoas trabalhando para partidos e ideologias para que as pessoas pensem que estão defendendo algo para o bem e discutam com quem entende que o real objetivo é segregar e dominar cada vez mais eleitores.
A jornalista e ex-senadora gaúcha Ana Amélia do PP-RS em discurso em plenário , no dia, 07/11/2014,ressaltou que não existe coerência em uma nova intervenção governamental nas atividades da imprensa e os perigos de uma regulamentação. Até porque quem regulamenta a mídia são regimes totalitários de governo, como nosso vizinho Venezuela. Aliás esse tipo de atitude é o primeiro passo para calar a população e mantê-la sob controle. O próximo passo é caçar os direitos civis. Mas quem pensa que a última tentativa de censura a imprensa acabou em 2014, se engana. A CPI da FAKE NEWS ou CPI FAKE, que os idealizadores são os partidos opositores ao governo e desafetos do Planalto que pensaram que teriam cargos nos primeiros escalões do executivo e foram frustrados quando o presidente se negou a fazer a velha prática do toma lá, dá cá. Que fique bem claro que a CPI da Fake News não é apenas uma tentativa de retaliação para enfraquecer o governo do presidente Bolsonaro, é muito mais sério do que isso. Ela é um primeiro passo para proibir e punir a imprensa e qualquer brasileiro de emitir sua opinião em redes sociais sobre temas importantes da nossa sociedade, questionando nossos representantes no Congresso Nacional, ex-políticos, partidos e o STF.
Ou seja, mais uma vez estão tentando calar a imprensa livre e o povo brasileiro. Censura a imprensa livre é inadmissível independentemente se é de direita ou esquerda. Se não bastasse todos esses exemplos que citei me chamou atenção, agora, janeiro de 2020, uma entrevista do ex-presidente Lula a um veículo de comunicação estrangeiro, onde ele afirmou que seu governo sempre foi republicano e que seu único erro foi não ter regulamentado “CENSURA” a imprensa brasileira. Parece piada,mas ele disse em bom português na mesma frase que era um republicano, a favor da democracia, e ao mesmo tempo que é a favor da censura da imprensa. E ainda completou dizendo que se tivesse regulamentado a mídia eles não teriam feito matérias contra ele, a ex-presidente Dilma e ao PT. Conseqüêntemente não teria acontecido o impeachment em 2015.
Um outro fato bem curioso e que vale a pena ser relembrado é que investigar e prender corruptos no Brasil, é “atentado à democracia”. Exemplos: Julgar o ex-presidente Lula por crimes cometidos é atentado à democracia, deputados e senadores serem expostos pela imprensa por crimes de corrupção é atentado à democracia, o impeachment da ex-presidente Dilma por crime de pedaladas fiscais é atentado à democracia, publicar matérias sobre abusos dos ministros do STF que contrariam a nossa constituição federal votando a favor matérias que nem caberiam ser analisadas pela corte, ou mesmo se um cidadão pagador de impostos chamar atenção de um ministro da mais alta corte por gastos exorbitantes e determinadas atitudes que podem até chegar a abuso de autoridade, é atentado à democracia. No que diz respeito à mídia, quando parte da imprensa decide por interesses estranhos a nossa compreensão defender um pseudo jornalista que escreve matérias de cunho totalmente duvidoso e que protege uma quadrilha de hackers é considerado atentado à liberdade de imprensa, como no caso do Verdewaldo. Nessa minha última colocação eu daria uma sugestão: As entidades que representam a imprensa, veículos e outras categorias ligadas ao jornalismo poderiam criar um conselho nacional autoregulatório da imprensa brasileira. Esse conselho autorregulador teria como missão fiscalizar se pessoas estariam sofrendo bullying, homofobia, discriminação contra as mulheres e homens, para evitar as fake news que parte da imprensa publica com a intenção de atender determinados interesses políticos e econômicos de alguns grupos de comunicação.
Seria um conselho que as pessoas pudessem pedir apuração de matérias duvidosas passíveis de retratação assim como o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, CONAR. Esse conselho formado pelas entidades que representam o mercado publicitário fiscaliza e pune abusos de campanhas que levem a propaganda enganosa, má fé, intolerância e discriminação. Isso seria muito bom porque seriam as entidades que representam a própria imprensa que cuidariam de fiscalizar e manter a qualidade do jornalismo brasileiro.
E vocês caros leitores, o quê pensam disso?