Rejeição ao PT no Paraná pode ter se estendido para Requião
Roberto Requião (PT) amarga o índice de candidato mais rejeitado nas pesquisas. No levantamento do Instituto Real Time Big Data, 36% dos paranaenses afirmaram não votar no ex-governador. Já segundo o Paraná Pesquisas, 48,2% dos entrevistados disseram que não escolheriam ele de jeito nenhum.
O homem que já foi três vezes governador do Paraná hoje tem dificuldade de decolar, e o motivo pode ser o seu novo partido. Militante histórico do “MDB de guerra”, como costumava bradar, a agora petista radicalizou no discurso de esquerda. Ele faz críticas a propriedade privada, e assimila o programa do partido, que flexibiliza o papel da família e fala até em regulação da mídia.
A legenda de Lula nunca foi bem no Paraná. O PT nunca chegou sequer ao segundo turno de uma eleição estadual. Também nunca foi vitorioso na capital. Na prefeitura de Curitiba, chegou ao máximo ao cargo de vice, pelas mãos de Gustavo Fruet (PDT). E não é difícil entender o porque. O Estado tem uma população com forte opinião conservadora, e, no geral, a esquerda tem uma relação hostil com esse público.
Com os cristãos, o pensamento de esquerda se contrapõe aos valores da fé cristã. No Programa do PT, por exemplo, há várias citações sobre o movimento LGBTQIA+, orientação sexual, identidade de gênero, mas não há menções a católicos e evangélicos. Já no agronegócio, a ideia de não respeitar a propriedade privada é rechaçada. Quem defende a liberdade de expressão não consegue conceber a ideia de regular meios de comunicação.