Ricardo Barros insinua prisão de Moro: “Um dia o sargento Garcia pega ele”
O deputado federal e líder do governo Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros (PP), participou nesta segunda-feira (24) do Jornal da Manhã Paraná, da rádio Jovem Pan. Nos estúdios da emissora em Curitiba, o político comentou sobre o problema da inflação, atacou os ex-integrantes da operação Lava Jato – Sergio Moro e Deltan Dallagnol – e também criticou a opção do governo em autorizar aumento para as Forças Armadas.
Barros também comentou sobre a polêmica da vacinação em crianças, que envolveu o governo Bolsonaro. O deputado destacou que todas as vacinas aplicadas no país foram compradas pelo governo, então o país é a favor da vacinação.
“O governo pagou a vacina, comprou vacina para crianças. O presidente Bolsonaro tem uma posição pessoal em relação à vacina, mas o governo dedicou recursos para a compra de todas as vacina”,
comentou Ricardo Barros.
O deputado ainda declarou ao jornalista Marc Sousa que as pessoas deveriam tirar foto com um representante do governo federal em cada foto de vacinação que é compartilhada nas redes sociais. “Quando alguém tira uma foto tomando a vacina e não chama um representante do governo federal está cometendo uma falsidade, porque quem pagou aquela vacina foi o governo federal”, completou.
Ricardo Barros ataca Lava Jato
Durante a entrevista, Ricardo Barros não poupou a operação Lava Jato. Segundo o deputado, o trabalho realizado serviu para lançar os membros para carreira política.
“A Lava Jato queria destruir a classe política para tomar o seu lugar. Não é porque estava ruim ou com problema. Eles queriam tomar o lugar. Já estava no Telegram deles lá, há quatro anos, o Deltan falando que queria ser candidato ao senado. Aí eles prendem o Beto Richa que era candidato ao senado”,
explicou Barros.
O deputado aproveitou a oportunidade para intimar Deltan Dallagnol – que no ano passado se filiou ao Podemos – para um debate. “Esse disfarce que eles tinham da Lava Jato ‘estamos aqui para fazer moralidade’, é tudo bobagem. Hoje o Deltan é meu concorrente e do Paulo, que somos candidatos a deputado federal e ele é nosso concorrente. Vem pro debate Deltan, senta aqui meu filho. Vamos conversar um pouquinho, vem se explicar”, pediu.
O ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro também foi citado por Barros. Segundo o deputado, Moro se inspira na Operação Mãos Limpas – que aconteceu na Itália e expediu quase 3 mil mandados de prisão, incluindo contra 438 parlamentares, sendo quatro primeiros-ministros – que resultou na prisão dos investigadores.
“O Moro é Zorro, está fazendo uma de justiceiro. Um dia o Sargento Garcia vai pegar ele. O mantra do Moro é a Operação Mãos Limpas. O que aconteceu lá? Prenderam todo mundo, foram para política e foram para cadeia. Vai repetir aqui”,
declarou.
Aumento para forças armadas
O deputado Ricardo Barros também aproveitou para comentar que avisou que o aumento salarial das forças armadas causaria polêmica e conflito entre os sindicatos.
“Eu falei desde o início quando foi pedido lá para o orçamento, para o relator geral encontrar esse espaço, eu falei que não daria certo. O reajuste para alguns e não dar para outros provoca uma reclamação justificada de categorias, mas o presidente tem uma ligação muito forte com as forças de segurança, insistiu e não vetou”,
declarou Barros.
Para Ricardo Barros, agora os beneficiados devem convencer os sindicatos descontentes, pois não é possível dar aumento para todos ao mesmo tempo.
“Está mantido o recurso do orçamento […] o que eu falei para eles é que ‘cabe a vocês convencer os demais sindicatos que quando vocês recebem aumento eles têm que apoiar’. Porque quando outras categorias recebem aumento vocês devem apoiar. Não dá para todos receberem ao mesmo tempo”,
finalizou.
Confira a entrevista completa com Ricardo Barros: