Sair às ruas é um atentado à democracia?
A resposta pro título desse post é, obviamente, não. Mas na amência que domina parte da discussão política o óbvio precisa ser dito e repetido. Um vídeo compartilhado em um grupo de WhatsApp bastou para que boa parte do establishment se sentisse ameaçado. Mas, afinal, o que diz o vídeo?
A mensagem de um minuto e meio não faz ataque a nenhuma instituição. Não fala em fechar em Congresso, Supremo ou colocar tanques nas ruas. Faz duras críticas a corrupção, toma lá, dá cá, chantagens. Aí está o problema, aquela história da carapuça que serve. Eles mesmos se entregaram. Ora, um parlamento que exige R$ 30 bilhões do dinheiro público para votar pautas importantes está fazendo o que se não chantagem explícita?
A desfaçatez de parte da classe política impressiona. Os que até ontem faziam manifestações para tirar da cadeia um condenado duas vezes, em segunda instância, por corrupção reclamam. Os terroristas que invadem propriedades privadas como forma de protesto (sic) se assustam. Os que acusam de forma leviana ministros de serem “milicianos” vociferam contra o movimento orgânico e popular.
Se o Congresso tem problemas, o povo deve exercer o direito democrático de tomar as ruas. O vídeo defende apenas a essência da democracia.