Só Fruet votou contra alterações feitas pelo Senado na lei de improbidade entre os deputados do Paraná

Fala, Marc!

Publicado em 6 out 2021, às 10h11. Atualizado em: 19 jun 2022 às 13h11.

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados Fonte: Agência Câmara de Notícias

Dos 30 deputados federais paranaenses, apenas Gustavo Fruet (PDT) se posicionou contra as emendas aprovadas pelo Senado na proposta que altera a lei da improbidade administrativa. Outros 28 deputados votaram a favor das mudanças que podem dificultar a punição de corruptos. Um parlamentar, Vermelho (PSD), se ausentou da discussão do tema. O texto acabou aprovado. Da primeira vez que a Câmara discutiu o assunto, em junho desse ano, 4 paranaenses tinham sido contrários a proposta: Diego Garcia (Podemos), Fruet, Paulo Martins (PSC) e Sargento Fahur (PSD), apenas o pedetista se manteve na posição.

Para Fruet, alguns deputados podem ter votado a favor das mudanças com medo de possíveis perseguições políticas disfarçadas de investigações, mas ele lembra que quando foi prefeito de Curitiba foi fiscalizado e não teve processos. “Tivemos todo tipo de fiscalização e investigação, não houve nenhuma ação por improbidade e nenhuma Ação Civil Pública, ou seja, responder tudo mesmo que isso gere às vezes demora, o que atrapalha em termos de comunicação para a sociedade”, defendeu.

Em entrevista ao Jornal da Manhã Paraná, da Jovem Pan, o diretor da Transparência Internacional no Brasil, Bruno Brandão, destacou que a confirmação da flexibilização da lei de improbidade pela Câmara dos Deputados foi mais um retrocesso no combate à corrupção, entre tantos já registrados no país. “Esse foi mais um passo adiante no desmanche da capacidade do Brasil para o enfrentamento a corrupção. Nós tivemos já vários retrocessos institucionais, com a perda de independência, a ingerência política sobre instituições como a Polícia Federal, a Procuradoria-geral da República, a Receita Federal, entre outras, e agora também cada vez mais retrocessos legais com o enfraquecimento das nossas leis, dos nossos marcos legislativos para luta contra a corrupção”, explicou.